«É urgente uma nova evangelização das famílias», considera D. Virgílio Antunes
Soure, Coimbra, 21 mai 2012 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou este domingo em Soure que “os esposos perderam frequentemente o sentido cristão da sua união” e que Deus se tornou “ausente das suas vidas”, pelo que “é urgente uma nova evangelização das famílias”.
Na missa da 18.ª Festa das Famílias da diocese, D. Virgílio Antunes disse que falta muitas vezes aos pais a “frescura da fé para que a possam transmitir de forma convincente aos filhos”, o que coloca o “problema da falta de testemunho crente”.
A comunidade cristã, por seu lado, é incapaz de comunicar aos mais novos uma “experiência de vida que somente a família tem capacidade de proporcionar”, sublinhou o bispo na homilia, publicada pelo site diocesano.
A Igreja “tem o dever de proporcionar os meios necessários para o crescimento da fé das famílias cristãs” através da catequese de crianças, jovens e adultos, sustentou o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.
D. Virgílio Antunes frisou também a necessidade de incentivar a “oração familiar”, a “celebração da missa dominical” e uma “séria preparação para o matrimónio”.
No dia em que a Igreja assinalou o Dia Mundial das Comunicações Sociais, D. Virgílio Antunes recordou a mensagem de Bento XVI para a ocasião, sobre a importância da palavra e do silêncio na transmissão da fé cristã.
“No tempo do ruído perturbador, próprio da sociedade urbana onde as pessoas fogem de si mesmas, impõe-se o silêncio que conduza ao encontro, à ponderação, às razões de viver”, disse.
É “em casa” que se deve ensaiar o “equilíbrio entre a palavra e o silêncio, que inclui a criação do espaço de reflexão, conselho, exortação” e “liberdade”, salientou o prelado na missa celebrada no pavilhão gimnodesportivo da vila, 180 km a norte de Lisboa.
A família, acrescentou, é também o espaço apropriado para a afirmação dos “critérios para o reto uso dos meios de comunicação social, no adequado discernimento do espaço e do tempo, na seleção do que interessa e do que prejudica a serenidade e a paz”.
O prelado deixou um “abraço para os que estão desunidos, para os que estão doentes ou a sofrer por qualquer motivo” e desejou-lhes “um rápido reencontro, o restabelecimento da saúde e a conquista dos meios necessários para uma vida feliz”.
RJM