«Partilhar responsabilidades» é o objetivo
Coimbra, 1 out 2015 (Ecclesia) – Os sacerdotes da Diocese de Coimbra realizaram nos dias 29 e 30 de setembro as Jornadas Pastorais do Clero, sobre o tema “Comunidade de discípulos corresponsáveis”, para preparar o próximo ano pastoral, que vai concretizar esta “necessidade”.
Para D. Virgílio Antunes, partilhar responsabilidades é uma “necessidade a vida atual da Igreja, refere a Diocese de Coimbra em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
“A responsabilidade partilhada é uma necessidade da vida atual da Igreja, não só pela escassez de clero, mas também pelo que decorre da própria identidade do ser cristão”, considera o bispo de Coimbra.
De acordo com o comunicado, os dois dias das Jornadas Pastorais do Clero analisaram o tema numa perspetiva bíblica e teológica, com o contributo de D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo, que defendeu que a “corresponsabilidade pastoral não resulta de uma necessidade pragmática e circunstancial, mas da própria identidade cristã”.
O tema foi abordado também na dimensão teológica-pastoral, pelo bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, que fundamentou a “corresponsabilidade pastoral” no “envio missionário feito por Jesus”, não “a um grupo de homens especiais, mas a cada cristão”.
As Jornadas Pastoral do Clero analisaram ainda formas de exercício da corresponsabilidade através da apresentação de modelos de liderança pastoral por Jorge Líbano Monteiro, da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).
O dia 30 foi voltado para as formas práticas de poder viver a corresponsabilidade na Igreja, de um modo especial, na forma de exercer a liderança pastoral, pelos pastores da Igreja.
Para Jorge Líbano Monteiro, “não pode existir verdadeira liderança se não se souber delegar, de forma acompanhada e próxima, parte da missão recebida, em alguns leigos”.
A liderança na Igreja depende também da resposta a cinco questões: Qual a missão que quero exercer? Quem é o meu destinatário? O que é que o meu destinatário procura? Quais os resultados que espero atingir? Quais os caminhos para os atingir?
“A estas questões nunca se pode deixar de ter presente o primado da graça, uma vez que é Deus, pelo seu Espírito que é o protagonista da ação pastoral, nós somos seus colaboradores”, observa o comunicado da Diocese de Coimbra.
As Jornadas terminaram com a apresentação do Plano Pastoral Diocesano, pelo padre Jorge Silva Santos, e com a intervenção de D: Virgílio Antunes, que comunicou aos sacerdotes da diocese os desafios deixados pelo Papa aos bispos de Portugal durante a visita “ad Limina”.
PR