Coimbra: Bispo sublinha papel de Portugal na afirmação da devoção à Imaculada Conceição

D. Virgílio Antunes presidiu a Missa pelos 700 anos do culto, iniciado nesta diocese

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Coimbra, 08 dez 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu hoje à Missa da solenidade da Imaculada Conceição, sublinhando o papel de Portugal na devoção à Virgem Maria, que precedeu a proclamação oficial deste dogma da Igreja Católica.

“A nação portuguesa faz parte desta história, participa neste caminho, contando com as suas mais altas instituições”, antecipando “na fé, na vida e na devoção dos fiéis o que o dogma havia de consagrar”, disse D. Virgílio Antunes, na homilia da celebração que decorreu na Sé Velha.

A cerimónia assinalou os 700 anos da primeira celebração da Solenidade da Imaculada Conceição em Portugal, que decorreu na então Basílica de Santa Maria de Coimbra.

D. Virgílio Antunes evocou o “gesto ousado do bispo de Coimbra, D. Raimundo Evrard, que a 17 de outubro de 1320 instituiu a festividade da Conceição de Maria, isto é, “o dia em que a Virgem Gloriosa Santa Maria foi concebida”.

Nesse mesmo ano, a 8 de dezembro, foi pela primeira vez celebrada em Portugal a Solenidade da Imaculada Conceição, na atual Sé Velha de Coimbra.

Em1646, D. João IV proclamou a Imaculada Conceição como padroeira de Portugal, entendendo “o sentir do seu povo”, destacou D. Virgílio Antunes.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, do Papa Pio IX, na qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

O bispo de Coimbra falou da Virgem Maria como exemplo de quem percorreu “os caminhos da liberdade e da verdade, na fidelidade a Deus e na fidelidade ao amor do próximo”.

Segundo o responsável católico, o impacto da pandemia sublinhou a “condição comum” da humanidade e o sentido da “fraternidade universal”.

“Recorremos a Maria, também nós hoje, e suplicamos que, no dramático momento presente, nos mostre a luz da esperança que irrompeu no mundo quando, no Natal, do seu seio Imaculado, nasceu Jesus, este Jesus que é a nossa esperança”, declarou.

As celebrações dos 700 anos da primeira celebração da Solenidade da Imaculada Conceição em Portugal prosseguem esta tarde, em Coimbra, com o canto de Vésperas às 16h00, pelo Coro Diocesano, transmitido nas redes sociais da diocese.

O programa comemorativo termina às 18h30 com o concerto ‘À Imaculada Conceição, Rainha de Portugal’, na antiga Igreja do Convento de São Francisco.

O culto da Imaculada Conceição em Coimbra foi apresentado no programa 70×7 deste domingo; hoje, António Rebelo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é entrevistado no programa Ecclesia, às 15h00, na RTP2.

OC

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