Coimbra: Bispo lança jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos

D. Virgílio Antunes sublinha «urgência de evangelizar» numa sociedade secularizada

Coimbra, 17 Dez 2019 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, apresentou hoje uma nota pastoral sobre o jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos onde sublinha que na “sociedade secularizada do presente, persiste a urgência de evangelizar”.

Entre 12 de janeiro de 2020 e 17 de janeiro de 2021 celebra-se, em Coimbra, o Ano Santo de Santo António de Lisboa e dos Mártires de Marrocos e assinalam-se “festivamente a chegada das relíquias dos cinco frades franciscanos, enviados por São Francisco de Assis para o Norte de África; a ordenação de Santo António e a sua passagem do Mosteiro de Santa Cruz para o Convento de Santo António dos Olivais”, refere a nota pastoral.

A cidade e a Diocese de Coimbra têm na sua “história plurissecular personagens de altíssimo vulto, em grande parte esquecidas ou, pelo menos, pouco valorizadas”, que podem conduzir os cristãos aos “caminhos da renovação humana e cristã” para encararem o futuro.

Há um “rico património histórico”, que inclui pessoas e acontecimentos, e que se pode descobrir e propor “com entusiasmo”, pois são parte das raízes “da identidade e dão forma à matriz judeo-cristã e humanista”, sublinha o documento assinado por D. Virgílio Antunes.

Um povo que “esquece ou nega a sua história fica à deriva” ou então “agarra-se à primeira ideologia imposta pela moda do momento, que agora parece firme e duradoura e logo a seguir é substituída por outra, aparentemente mais sedutora”, refere a nota.

De entre as figuras “proeminentes” que estão diretamente relacionadas com Coimbra, Santo António é, “sem sombra de dúvida, a mais conhecida e amada no mundo, fazendo dele o Santo universal”, indica o prelado.

Segundo D. Virgílio Antunes, o sentido “de pertença à Igreja está muito diluído, precisa de recomeçar”, numa sociedade que “foi perdendo de forma acentuada o sentido da fé em Deus” e que se tornou muito indiferente “à centralidade de Jesus Cristo”.

O Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos insere-se “plenamente” nos dinamismos propostos à Diocese de Coimbra pelos Planos Pastorais trienais que têm conduzido a ação pastoral.

Santo António (1191 – 1231) é uma figura “incontornável da história da Igreja, da história de Portugal e da história de Coimbra”, indica o bispo diocesano.

LFS/OC

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