Diocese assinalou celebração criada pelo Papa Francisco
Coimbra, 19 nov 2018 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra desafiou as comunidades católicas e à sociedade, no seu tudo, a cuidar “dos seus pobres”, promovendo “a paz e a justiça para todos”.
“Deixo às paróquias e unidades pastorais o desafio de melhorarem o serviço de acolhimento aos pobres já existente. Se porventura ainda não existe de forma organizada, é chegado o momento de reunir pessoas de coração grande para começar, pois uma paróquia que não cuida dos seus pobres e não os acolhe com amor não dá sinais de uma fé viva e a caminha a passos largos para a morte espiritual”, assinalou D. Virgílio Antunes, na homilia da Missa a que presidiu este domingo, por ocasião do II Dia Mundial dos Pobres.
A iniciativa, proposta pelo Papa Francisco, é vista pelo bispo de Coimbra como “uma novidade na vida da Igreja e das suas comunidades”, colocando no centro “a pessoa, a pessoa do pobre”.
“A atitude de vigilância chama-nos a ver o que os outros sofrem e a escutar o grito dos pobres e aflitos, com um coração de carne, que tenha a força de amor necessário para ultrapassar as burocracias institucionais necessárias, mas frequentemente descentradas da pessoa do pobre”.
O bispo de Coimbra considerou que esta celebração do II Dia Mundial dos Pobres constituiu uma oportunidade para reunir pessoas e instituições que têm como vocação “preservar o cuidado pelos pobres como opção central do Evangelho”.
“Este dia dá-nos ainda a oportunidade de agradecer em nome da Igreja Diocesana a todas as pessoas que nestas instituições oferecem a sua vida, o seu tempo e os seus bens no serviço aos mais pobres”, acrescentou.
A celebração teve lugar no Convento de Santa Clara a Nova, antecedida pela conferência ‘Este pobre clama e o Senhor o escuta’, do presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Pedro Vaz Patto.
“É errado esquecer a importância de combater as causas estruturais da pobreza. Mas também é errada e contra o Evangelho uma outra atitude corrente, que desvaloriza estas ações imediatas de proximidade e que, sob o pretexto da necessidade de combater as causas estruturais da pobreza, pensa em delegar na política e no Estado o combate à pobreza”, assinalou o responsável da organização católica.
A diocese explica que o local escolhido para estas iniciativas quis “trazer para a atualidade o testemunho da Rainha Santa Isabel, ícone do amor aos pobres na cidade de Coimbra e em Portugal.
OC