Clonagem condenada pelo Papa

João Paulo II condenou a clonagem, considerando-a uma tentativa arrogante de melhorar a criação de Deus. “A sensação de poder que qualquer progresso técnico inspira no homem é bem conhecida”, disse o Papa numa mensagem enviada da sua residência de Verão em Castel Gandolfo para o 25° encontro para a amizade entre os povos, organizado pelo movimento Comunhão e Libertação. “A tentativa dos homens de se apropriarem da fonte da vida ao realizarem experiências com a clonagem humana é bem exemplificativa disso”, afirmou João Paulo II, na mensagem lida no dia de abertura do evento. O comentário de João Paulo II aparece duas semanas após os cientistas britânicos terem recebido autorização para clonar embriões humanos para pesquisas médicas. O Papa diz que a investigação não deve “manipular” seres humanos “num projecto que tem a arrogância ser melhor que o próprio Criador”. A mensagem condena de forma muito dura a “tentação de pensar que a obra do homem encontra em si própria a justificação dos próprios objectivos”, lamentando que muitos consideram que “aquilo que é tecnicamente possível é, em si mesmo, também eticamente bom”.

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