A transmissão da fé e a formação de comunidades colaboradoras são desafios para os sacerdotes O clero da diocese de Leiria – Fátima encerra hoje um tempo de formação. Com o Ano Paulino a decorrer, São Paulo é figura central para todos os cristãos. O Pe. Adelino Guarda, Director do Centro de Formação da diocese de Leiria – Fátima, explica que São Paulo é uma figura fundamental no Cristianismo. O seu modelo de evangelização é “desafiante para os nosso dias”. “Paulo tem uma forte característica. Está apaixonado por Cristo e vive Cristo em todas as circunstâncias”, explica o sacerdote que actualiza a mensagem do apóstolo como um permanente desafio. “A evangelização é de Paulo, mas é, acima de tudo, da Igreja de todos os tempos, e por isso é sempre actual”. A metodologia do apóstolo Paulo “é muito própria porque envolve um variado leque de colaboradores na obra do anúncio. Isto é decisivo. Foi assim no seu tempo e ainda hoje é decisivo para nós”, explica o Pe. Adelino Guarda à Agência ECCLESIA, que sublinha o dever constante de “actualizar a transmissão da mensagem do Evangelho”. O desafio da novidade é permanente. O Director do Centro de Formação evidencia que os tempos actuais “nada têm de comum com os tempos de Paulo”. As propostas têm de ser “sempre novas”. “Enquanto padres somos chamados à cooperação”. O sacerdote explica que não é a “pressão dos números que conduz a um trabalho conjunto. “Cada vez se torna mais perceptível que o anúncio do Evangelho se faz em rede e em colaboração”. As formações do clero apresentam vários objectivos aos participantes. Um tempo de estudo “sério e forte”, ao longo de vários dias. Este ano São Paulo é transversal a toda a Igreja “e é também fonte de estudo para o clero”. As práticas diocesanas e os vários aspectos da missão dos sacerdotes foram também assuntos abordados entre os sacerdotes que viveram, nestes dias, “um tempo forte de colegialidade e comunhão. Factores importantes e oportunos que desenvolvemos estando fora da diocese”. A formação do clero foi conduzida pelo Bispo auxiliar de Braga, D. António Couto. O Pe. Adelino lembra que também a presença “permanente e contínua” do bispo de Leiria – Fátima, D. António Marto, é importante “como sinal de que a corresponsabilidade no mistério carrega consigo a partilha, a participação e o encontro”. O trabalho desenvolvido em equipa na diocese é valorizado pelo Pe. Adelino como forma de ligação entre os sacerdotes e de valorização da formação. “A formação dependerá sempre, certamente, da realidade pessoal de cada sacerdote, mas acresce também a responsabilidade comunitária”, conclui.