China tortura padre e prende Bispo de 82 anos

As autoridades chinesas terão torturado um padre no início deste mês, altura em que foi preso também um Bispo fiel ao Vaticano e cerca de cem católicos, no norte do país, quando se manifestavam pela libertação dos dois pastores. A denúncia é feita pela agência de informação do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, a AsiaNews. O departamento para os assuntos religiosos da província chinesa do Hebei justificou a prisão do Bispo de 82 anos, do padre Li Huisheng e do grupo de fiéis com a necessidade de “evitar” uma peregrinação ao monte Muozi – tradição com 100 anos de história. A notícia da prisão de D. Yao Liang e do Pe. Li foi dada pela AsiaNews a 3 de Agosto. A agência recolheu, entretanto, novas informações, segundo as quais o Bispo terá sido enganado pelas autoridades, que o convocaram para discutir “a restituição de algumas propriedades à Igreja”. D. Yao ainda não regressou à sua Diocese. O Pe. Li foi encontrado pelos fiéis, após ter sido libertado pela polícia, uma primeira vez, a 1 de Agosto, tendo sido levado para um hospital. Perante esta situação, os fiéis manifestaram-se diante da sede da polícia, altura em que foram presos, juntamente com este sacerdote, por cerca de 500 polícias. Pelo menos 20 pessoas deste grupo permanece na cadeia, segundo a AsiaNews, a qual revela que o Bispo Yao Liang continua com paradeiro desconhecido e que um outro padre da diocese, Wang Zhong, está também desaparecido. O Hebei é a região da China com o maior número de católicos (1,5 milhões), na sua maioria da “Igreja clandestina”. A Igreja Católica clandestina na China, fiel ao Papa, é formada por cerca de 8 milhões de pessoas que não aceitam o controlo exercido pelo governo comunista através da Associação Patriótica Católica, instituição que se atribui o direito de nomear bispos ou controlar outros muitos aspectos da vida da Igreja.

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