China: Sacerdote cristão condenado a 14 anos de prisão

Lisboa, 01 mar 2016 (Ecclesia) – Um sacerdote cristão na China foi condenado a 14 anos de prisão por se ter recusado a remover a cruz exterior da sua igreja, em Zhejiang, na zona oriental do país.

De acordo com a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), Bao Guohua foi condenado por “perturbação da ordem pública” e também por “corrupção”, neste caso por alegadamente ter “desviado dinheiro da sua congregação”.

A comunidade religiosa a que este pastor pertence já repudiou estas acusações, sublinhando que estas são apenas mais uma forma de “repressão” adotada pelo Governo chinês.

A AIS refere que “só nos últimos dois anos, as autoridades de Pequim já terão ordenado a remoção de pelo menos mil cruzes em igrejas e templos cristãos situadas na região de Zhejiang” e “especialmente na cidade de Wenzhou”.

Uma “situação que tem vindo a provocar uma crescente hostilidade por parte dos fiéis”, frisa a Fundação católica.

A repressão do Governo chinês não se faz apenas sentir sobre os cristãos mas também sobre os que os defendem, já que mais de “250 advogados” foram detidos nos últimos meses por aceitarem processos “relacionados com questões de liberdade de expressão e de culto”.

Uma conjuntura que já se estendeu a Hong Kong, tendo desta vez como vítimas “diversos livreiros responsáveis pela edição de livros contrários ao regime”, e que já levou a um pedido de esclarecimento por parte do alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

JCP

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