Lisboa, 16 nov 2018 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou a prisão do bispo da diocese chinesa de Wenzhou, D. Shao Zhumin, de 55 anos de idade, detido pela “sexta vez, nos últimos dois anos”.
O prelado pertence à chamada Igreja Clandestina, fiel ao Papa; a última detenção ocorreu a 9 de novembro.
A agência de notícias AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, adianta que o bispo chinês deve ser “submetido a um período de doutrinação”, que poderá estender-se por cerca de 15 dias.
A detenção acontece apesar do anunciado acordo entre Pequim e a Santa Sé para a nomeação de bispos, procurando assim acabar com a divisão entre a comunidade católica fiel ao Vaticano e a Associação Católica Patriótica chinesa, controlada pelo governo chinês.
Segundo a AIS, a detenção do bispo de Wenzhou é “reveladora de um clima de repressão por parte das autoridades chinesas face à chamada Igreja Clandestina”.
No início de novembro, a fundação pontifícia noticiou a detenção de dois sacerdotes pertencentes à Diocese de Xuanhua; os dois padres, Zhao He, e Su Guipeng, estarão em prisão domiciliária, sem poderem contactar com os respetivos fiéis.
OC