Centenário: Congresso internacional quer ajudar a «Pensar Fátima» hoje

Iniciativa interdisciplinar vai analisar percursos de investigação e abrir vias de estudo

Lisboa, 21 jun 2017 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima e a Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa (UCP) promovem de hoje até sábado o congresso internacional ‘Pensar Fátima’, numa perspetiva interdisciplinar, para abrir novas oportunidades de estudo.

“O congresso permitirá, assim o cremos, fazer o balanço dos estudos científicos feitos até à data. Aprofundar as várias dimensões do evento Fátima e abrirá perspetivas de estudo, aprofundamento e investigação”, disse o reitor do santuário, esta manhã na sessão de abertura do evento.

O padre Carlos Cabecinhas explicou que o encontro internacional ‘Pensar Fátima’ é, de algum modo, o “ponto culminante e síntese” da sequência de seis simpósios teológicos pastorais realizados nos últimos anos de preparação para o Centenário das Aparições.

Neste contexto, o evento que estava, “desde o início”, no programa dos 100 anos das aparições na Cova da Iria pretende “sublinhar a convicção” que a celebração do jubileu “é desafio e oportunidade para a promoção do estudo científico pluridisciplinar de Fátima”.

“Permite alcançar uma perceção aprofundada deste rico e significativo fenómeno que é Fátima”, acrescentou o reitor do Santuário mariano.

No evento de teor académico vão ser estudadas várias das dimensões de Fátima, em perspetiva interdisciplinar: Teologia, Sociologia, Psicologia, Cultura, História, Arte.

‘Fátima em caleidoscópio’ foi o tema que o bispo de Leiria-Fátima deu à sua intervenção e explicou que é um “lugar multifacetado e plural” desde a “sua génese”.

Para D. António Marto, num congresso em que se reúnem “leituras das múltiplas disciplinas” que ao longo da “feliz historia de 100 se interessaram por Fátima” não podem deixar de recordar “o quanto os diferentes prismas têm contribuído” para o quanto Fátima é para Portugal e para o mundo.

“A Igreja tem muito a acolher deste exercício interdisciplinar”, observou, sobre um lugar que “é motor de transformação de pessoas e sociedades”.

Por sua vez, o presidente da comissão organizadora do congresso assinalou que há 100 anos “algo de especial despoletou” na Cova da Iria e “ninguém imaginaria” na ocasião o que viria a acontecer em Fátima e “em muitos outros lugares”.

O teólogo João Manuel Duque observou que, um século depois das aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, “ainda hoje, escapa muito do que aconteceu e do que continua a acontecer”, por isso, o trabalho de compreensão “não encontra descanso”.

“É o que pretende em espírito de serviço e humildade este congresso, praticar o exercício exigente e cuidadoso da melhor compreensão dos fenómenos, ou seja, daquilo que acontece sempre na consciência do que acontece é sempre mais rico do que aquilo que pode exprimir o nosso discurso com mais ou menos clarividência”, desenvolveu.

Inserido no programa, esta quinta-feira, o serão cultural ‘Conversar Fátima 100 anos depois’, vai debater a relevância das aparições com o bispo de Leiria-Fátima, a jornalista Helena Matos, o eurodeputado português Paulo Rangel e o historiador Henrique Leitão.

O Santuário de Fátima e a Faculdade de Teologia, da UCP, convidaram o presidente do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé) para a conferência final, esta sábado; o cardeal italiano Gianfranco Ravasi vai apresentar o tema ‘Fátima como promessa’.

CB/OC

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