Católicos portugueses são pressionados pelo relativismo

Admite D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal, no discurso ao Papa A maioria do Povo português continua a afirmar-se católico embora “reconheçamos que os ventos do relativismo e indiferentismo exercem uma grande pressão, provocando atitudes e opções ambíguas e, em alguns casos, contraditórias. Nem sempre a fé significa uma opção pessoal por Cristo e as tradições ocupam um espaço gerador duma religiosidade que pode não ter consistência” – disse esta manhã (10 de Novembro) D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a Bento XVI no encontro que os bispos portugueses tiveram com o Papa. Em visita «Ad Limina» até dia 12 deste mês, os bispos das dioceses portuguesas foram recebidos por Bento XVI e visitaram algumas congregações da Cúria Romana. Em relação à Concordata e à regulamentação de alguns pontos, D. Jorge Ortiga realçou a Bento XVI que “no princípio da separação procuramos intuir caminhos novos de cooperação como serviço ao povo português e na perspectiva do bem comum”. No entanto lamenta: “pequenos grupos, imbuídos dum espírito laicista, têm pretendido suscitar possíveis conflitos”. Apesar destas contingências, D. Jorge Ortiga sublinha que a Igreja Portuguesa pretende “dialogar para que a igualdade de direitos não seja capaz de abafar a proporcionalidade”. Os bispos portugueses reconhecem a “necessidade duma profunda evangelização dos cristãos, sabemos que devemos partir ao encontro de mundos que progressivamente se afastam, talvez não de Cristo, embora o digam, mas da Igreja”. Em ambiente de celebração dos 90 anos das Aparições de Fátima, o Presidente da CEP salienta que apesar da sociedade caminhar “nas sombras dum hedonismo fácil, dum relativismo moral impressionante, duma desvinculação dos valores, dum desenvolvimento explorador e aproveitador dos mais fracos, duma desigualdade marcante e repleta de contrastes, nunca nos poderemos fechar na defesa do nosso tesouro e fazer condenações a anunciar destruição e catástrofes”. Por fim, D. Jorge Ortiga disse a Bento XVI que Portugal necessita “dum novo alento à missionariedade – dentro ou fora das comunidades, no país ou no mundo -, como urgência dum legado histórico que nunca podemos esquecer”. Notícias relacionadas • Discurso do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa a Bento XVI

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