Castelo-Branco: «O Covid fica à porta», indicam as paróquias da cidade na preparação para o recomeço das celebrações comunitárias das Missas (c/vídeo)

Em cada fim de semana, o exterior da Sé vai ser o local para duas celebrações para 400 pessoas e um vídeo explicativo apresenta orientações para o distanciamento, comunhão, entrada e saída das celebrações no interior dos templos

Castelo-Branco, 28 mai 2020 (Ecclesia) – As paróquias da cidade de Castelo-Branco divulgaram um vídeo “o covid fica à porta” com orientações para as celebrações e vão implementar um sistema de senhas e pré-inscrição para regular a participação nas Eucaristias comunitárias, a partir deste fim de semana.

“O sistema das senhas é para evitar que as pessoas venham à igreja e não possam, depois, entrar, o que se torna desagradável”, explica à Agência ECCLESIA o padre Nuno Folgado, pároco ‘in solidum’ com o padre André Beato, na Sé de Castelo Branco.

O responsável explica que, próxima da Sé, a Livraria católica São Miguel é habitualmente o local onde os paroquianos se inscrevem para as atividades regulares da paróquia, sendo agora o local onde as pessoas se podem inscrever para participar na Eucaristia.

“Se a inscrição for presencial, recebem uma senha, que deverão entregar à equipa de acolhimento no início da celebração; mas também podem inscrever-se por telefone e, nesse caso, quando chegarem à igreja, confirmam, com a equipa de acolhimento, o seu nome na lista”, indica.

O interior da Sé permite a participação, com a distância de dois metros entre si, de cerca de 100 pessoas.

Acreditamos que virão famílias à celebração e, nesse caso, não é necessário o distanciamento de dois metros – se assim for, poderá haver mais pessoas dentro da igreja”.

Também no exterior da Sé, com capacidade para 400 pessoas, serão celebradas duas Eucaristias em cada fim-de-semana e haverá um sistema de som para transmissão da Missa.

“Eu creio que se não tivesse havido este período de fecho do mundo e das igrejas a que assistimos, haveria resistências. Mas as pessoas perceberam a gravidade do que enfrentamos e estão dispostas a fazer o que é necessário para voltar a não fechar tudo”, enfatiza o padre Nuno Folgado.

Durante a celebração, para evitar que as pessoas circulem, a Comunhão será realizada no respetivo lugar: um acólito e o padre irão ao encontro de cada pessoa, com desinfetante para que antes da Comunhão e depois de se retirar a máscara,cada um possa desinfetar as mãos.

“Comungar significa mexer na máscara, e retirá-la pelo elástico, mas muitas pessoas vão passar a mão na máscara e do lado de fora estão agentes infeciosos, pelo que convém que a pessoa se desinfeste. Assim a pessoa desinfeta as mãos à entrada da celebração e antes da comunhão”, precisa o entrevistado.

A paróquia realizou um vídeo explicativo, ‘O Covid fica à porta’,  com o objetivo de acolher bem todos os fiéis: “O vídeo não tem como objetivo ensinar tudo, mas que as pessoas percebam que alguma coisas vão ser diferentes. Há qualquer coisa que vai ser diferente, não se diz tudo, mas quer acolher bem as pessoas”.

Na realização, que contou com o contributo de acólitos da Sé, pode perceber-se alguns conselhos para diferentes momentos da celebração: “Quando o sacerdote se aproximar, tira a máscara de uma orelha e estende a mão direita e sobre ela, a esquerda; recebe o pão eucarístico e leva-o à boa com a mão direita, e imediatamente depois, volta a por a máscara à frente da boca e do nariz”.

“Não é difícil, mas talvez valha a pena treinares, antes da próxima vez que fores comungar”, pode ouvir-se

O vídeo deixa ainda outro aviso: “Aquele gesto carinhoso de ir fazer uma festinha no pé do menino Jesus, não o faças, não toques em imagens”.

“No final da celebração não saias apressadamente; queremos que saiam primeiro os que estão mais perto da porta e, só depois, os que estão mais longe”, acrescenta.

A cidade de Castelo Branco tem três paróquias: São Miguel da Sé, Nossa Senhora de Fátima, da responsabilidade dos Missionários Redentoristas, e São José Operário; com a ajuda de associações e negócios locais que “acolhem a inscrição das pessoas e distribuem senhas”, será possível organizar e, afirma o padre Nuno Folgado, “ninguém ficará sem Eucaristia”.

“Vamos todos aprendendo a viver com isto”, explica o padre Nuno que sublinha, ainda, o facto de a distribuição de senhas ser “gratuito”.

O vídeo termina com a frase: “Na Missa, o Covid fica à porta, mas isso depende de ti”.

LS

 

 

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