A Confederação Internacional da Cáritas, “Caritas Internationalis”, classificou a cimeira de chefes de Estado e de Governo na ONU como “uma oportunidade perdida para erradicar a pobreza global”, atribuindo as causas do fracasso “ao rancor e à política entre os líderes mundiais”. Num comunicado da organização lamenta-se o facto de os líderes reunidos em Nova Iorque não terem dado prioridade ao fortalecimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. “A decepção não contém a profundidade da angústia”, reconheceu o Secretário-geral da Caritas Internationalis, Duncan MacLaren. Embora os Objectivos do Milénio tenham sido reconhecidos na declaração final de 35 páginas, os EUA asseguraram-se de que qualquer referência a um compromisso financeiro específico por parte dos países desenvolvidos fosse eliminada do documento. A Cáritas presidiu a uma reunião de 3500 delegados de Organizações não-governamentais nas Nações Unidas, na semana prévia à cimeira da ONU.