Caritas: Donativos aquém do esperado

Total do peditório nacional nos 239 mil euros, abaixo dos montantes recolhidos em 2010 e 2009

Lisboa, 11 jun 2011 (Ecclesia) – O peditório público nacional realizado em março deste ano em favor da Caritas Portuguesa recolheu mais de 239 mil euros, mas ficou aquém das expectativas da organização católica, que atribui o facto ao agravamento da crise.

Em comunicado hoje enviado à Agência ECCLESIA, a Caritas assinala que este total fica abaixo dos montantes recolhidos em 2010 e 2009, mas sublinha que “a diminuição, ao longo dos últimos três anos, já era esperada”, considerando que a mesma “reflete a conjuntura económica do país”.

Para o presidente da Caritas, Eugénio Fonseca, a generosidade dos portugueses não está em causa e os resultados do peditório público apenas evidenciam a grave crise financeira que assola o país.

“Este é um dos anos em que mais pedidos de ajuda estamos a receber, como é do conhecimento público registámos um aumento de 40% e a previsão é que, infelizmente, continuem a aumentar e, por isso mesmo, este foi também um dos anos em que recebemos menos contribuições. Não é que os portugueses não queiram dar, a questão é que deixaram de poder dar”, aponta.

O total de 239 452,64 euros recolhidos em março de 2011 revelou uma queda que, nalgumas dioceses, chegou aos 40%.

No ano passado, o peditório público da Caritas angariou 292 560,34 mil euros e, em 2009, 325 722,22 mil euros, valores que, segundo a organização católica, “refletem o grande espírito de solidariedade dos portugueses”.

Em 2011, a instituição esperava reunir 320 mil euros, que iriam reverter “a favor das diferentes iniciativas sociais desenvolvidas por cada uma da Caritas diocesanas, em prol de todos aqueles que vivem no limiar da sobrevivência em Portugal”.

O peditório público nacional de março foi realizado por 2900 voluntários, com a Caritas a associar-se às comemorações do Ano Europeu do Voluntariado, promovido pela União Europeia.

A Caritas Portuguesa é a união das 20 Caritas diocesanas distribuídas pelo território nacional, tendo como objetivos “a assistência em situações de emergência ou dependência, a promoção da autonomia e do desenvolvimento integral de cada ser humano e a transformação nos domínios sociais e ambientais de acordo com os valores da ética cristã”.

OC

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