A Família Franciscana respondeu ao pedido da Igreja do Cazaquistão, que solicitou que se fizesse presente no imenso país da Ásia central o “espírito de Assis”, quer dizer, o espírito do diálogo, da paz e da reconciliação, sinais característicos do carisma franciscano. Frei Roberto Peretti, da Província de Pádua, durante muitos anos missionário na Roménia; P. Pawel Blok, da Província de Danzica, de quarenta anos, dos quais catorze de sacerdote, e o P. Alexei Skakovskii, nascido no Cazaquistão, de 27 anos e sacerdote há 3, da Custódia Geral da Rússia, são os três irmãos que no dia 12 de Fevereiro partiram para a nova aventura missionária da Ordem dos Frades Menores Conventuais. Os três receberam o solene “mandato missionário” do Ministro Geral OFM Conv. P. Marco Tasca, durante uma celebração em Assis, no Túmulo do Seráfico Pai S. Francisco. O Ministro General entregou-lhes o Crucifixo e o Evangelho diante de numerosos frades da Ordem que saudaram os irmãos. O Bispo de Assis, pediu-lhes que sejam antes de mais, testemunhas da espiritualidade para essa Igreja e ao mesmo tempo construtores de diálogo e servos da caridade. A Igreja no Cazaquistão está a atravessar uma fase de renascimento e desenvolvimento. Como sinal de maior comunhão com toda a Igreja na Ásia, os Bispos do Cazaquistão estão para se tornar efectivamente, em membros da Federação das Conferências Episcopais de Bispos da Ásia (FABC). Quando a Comissão Central da FABC se reunir em meados de Abril, em Banguecoque aceitará o pedido de admissão da Conferência de Bispos Católicos do Cazaquistão. No início do novo milénio, a Igreja da Ásia Central contava com um só Bispo, porém, graças ao constante trabalho dos religiosos e dos missionários, a comunidade católica desenvolveu-se e agora conta com cinco Bispos. A Igreja deste vasto país da Ásia é ainda uma pequena comunidade que vive com valentia a sua fé num país maioritariamente muçulmano. Num país em que 40% da população é cazaque e de religião muçulmana e 35% é russa de religião ortodoxa, os católicos são um grupo heterogéneo (ucranianos, polacos e alemães do Volga) com quase 185 mil fiéis. O actual sistema de governo assegura a todas as confissões religiosas presentes no país a liberdade necessária. As relações entre o Estado e a Igreja Católica são boas graças à concordata que entrou em vigor em finais de 1999. Na capital Astana existe uma sede da Nunciatura da Santa Sé. A Igreja tem já uma estrutura consolidada em dioceses e paróquias e leva para a frente um trabalho pastoral através de sacerdotes, religiosos, e religiosas provenientes de vários países. Também os vários movimentos eclesiais e as novas comunidades desenvolvem um notável trabalho apostólico. Redacção/Fides/OR