Caridade é a melhor apologia da fé católica, diz Bento XVI

Papa abençoa imagem de Nossa Senhora que protege Roma

Bento XVI defendeu hoje que “a caridade é a melhor apologia da fé católica”, lembrando o testemunho de S. Luigi Orione (1872-1940).

“A caridade é a melhor apologia da fé católica, a caridade arrasta, a caridade move, leva à fé e à esperança”, disse o Papa, que visitou um instituto fundado pelo Santo italiano, onde abençoou a estátua de Nossa Senhora “Salus Populi Romani”, um símbolo muito venerado pelos romanos.

Citando o Pe. Orione, Bento XVI disse que “só a caridade salvará o mundo”.

A cerimónia decorreu na colina romana de Monte Mário, onde se ergue a estátua de Nossa Senhora que vigia a cidade de Roma desde o final da II Guerra Mundial.

No jardim do instituto para órfãos e pessoas com deficiência fundado por S. Luigi Orione, o Papa lembrou que o sacerdote italiano “viveu de maneira lúcida e apaixonada a tarefa da Igreja de viver o amor para fazer entrar no mundo a luz de Deus”.

“Deixou esta missão aos seus discípulos como caminho espiritual e apostólico, convencido de que a caridade abre os olhos à fé e aquece os corações de amor para com Deus”, indicou.

Falando aos Filhos da Divina Providência, instituto religioso fundado pelo Padre Orione, Bento XVI recomendou que as obras de caridade, como actos pessoais e como serviços prestados às pessoas débeis e oferecidos em grandes instituições, nunca sejam reduzidas a um “gesto filantrópico”.

“Pelo contrário, elas devem ser sempre expressão tangível do amor providente de Deus”, observou.

Juntamente com os presentes o Papa recitou uma oração escrita por ele, homenagem pessoal de Bento XVI a Nossa Senhora e à cidade de Roma.

A estátua de Nossa Senhora “Maria Salus Populi Romani”, obra do escultor Arrigo Minerbi, regressou ao lugar onde se encontrava desde 4 Abril de 1953, sobre uma torre de 19 de metros.

No dia 12 de Outubro do ano passado um forte temporal derrubou a estátua, que se partiu em três partes.

Após a visita ao Instituto Dom Orione, o Papa deslocou-se ao Mosteiro Dominicano de Santa Maria do Rosário, que abriga tesouros de arte sacra e relíquias de grande valor histórico.

A visita de Bento XVI antecipou uma data muito querida a esta comunidade: a trasladação do ícone mariano atribuído a São Lucas Evangelista, celebrada em 27 de Junho.

O Papa frisou que a vocação monástica é um “dom sublime e gratuito” e que a vida contemplativa que as monjas receberam das mãos de São Domingos as insere no corpo místico do Senhor, que é a Igreja.

“Assim como o coração faz circular o sangue e mantém vivo todo o corpo, a vossa existência escondida com Cristo, ritmada pelo trabalho e a oração, contribui para sustentar a Igreja, instrumento de salvação para todos os homens redimidos pelo Senhor com o seu Sangue”, disse às religiosas.

“A vossa renúncia aos bens terrenos significa que desejais, acima de qualquer coisa, o bem que não tem igual, a pérola preciosa que requer a renúncia a tudo para ser merecida” prosseguiu.

Bento XVI ressaltou a importância da oração, lembrando a Deus “as necessidades espirituais e materiais dos nossos irmãos que passam por dificuldades ou vivem vagueando sem destino, afastados do Senhor”.

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