Videomensagem divulgada através do site do Seminário dos Olivais
D. José Policarpo considera que a Páscoa é “uma festa exigente”, defendendo que a mesma supõe “uma abertura à novidade”.
O Cardeal-Patriarca dirigiu uma videomensagem para esta celebração, a mais importante do calendário católico, divulgada através do site do Seminário dos Olivais.
Os primeiros discípulos, assinala, sentiram “uma surpresa, que inclui uma grande dificuldade em abrir-se ao mistério da ressurreição”.
“Eles têm um problema de identificar o Ressuscitado com o Jesus histórico que tinham ouvido, que tinham seguido, com quem tinham convivido. Não é fácil essa identificação, a tendência é dizer que é um fantasma”, admite D. José Policarpo.
Para o Patriarca de Lisboa, essa dificuldade “não passou”, afirmando que “ainda hoje é muito mais simples aceitar o Jesus histórico – um homem santo, um grande doutrinador, um modelo moral”, do que admitir “a existência de um ressuscitado que convive connosco, sem nós o vermos”.
Outra dificuldade, assinala o Cardeal, reside na necessidade de “começar tudo de novo”, o que também é “muito exigente”.
“A palavra Páscoa significa passagem e, portanto, é uma passagem daquilo que eu sou em cada momento para um horizonte novo de vida”, precisa.
D. José Policarpo alude, no final desta mensagem, à próxima vinda de Bento XVI a Portugal, deixando votos de que o Papa, “grande missionário na sua própria Missão, nos ajude a fazer Páscoa, não apenas no Domingo pascal, mas na vida deste ano, a fazer passagem, a abordar a realidade da nossa vida e da nossa sociedade com generosidade e esperança”.