Cardeal Martino denuncia «novas inquisições» contra os cristãos

O Cardeal Renato Martino denunciou ontem o que considera serem “novas inquisições” contra os cristãos, que atribuiu à influência de lobies internacionais. “As vozes do Papa e da Igreja Católica são pouco ouvidas, principalmente nos países ricos e acomodados, e inclusive fazem-nas desaparecer, mergulhando-as num ruído criado por potentes lobies económicos, culturais e políticos, que se movem contra tudo o que é cristão”, referiu o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz na conferência de imprensa de apresentação do livro “João Paulo II e os desafios da diplomacia Papal”. O antigo observador da Santa Sé na ONU, com vasta experiencia de política internacional, definiu estes lobies como “novas santas inquisições cheias de dinheiro e arrogância” que atacam a Igreja Católica e os cristãos “usando qualquer método válido para calar a sua voz, da intimidação ao desprezo público, da discriminação cultural à marginalização”. Segundo o Cardeal, estes lobies criam “confusões entre identidades de género, riem do matrimónio entre um homem e uma mulher e atacam a vida humana, que passa a ser objecto de perigosas experimentações”. Diante dos jornalistas que lhe pediram para dar exemplos concretos da acção destes grupos de pressão, o cardeal não citou o caso do candidato a comissário da União Européia, Rocco Buttiglione, conforme foi noticiado em alguns meios de comunicação social, mas limitou-se a mencionar a “democracia adulterada” que se baseia no axioma: “se não está de acordo connosco, fora!”.

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