João Paulo II recordado, em Santiago de Compostela, na Peregrinação e Encontro de Jovens 2010
“Que buscais jovens peregrinos? Porque vieram?” Perguntas que o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos dirigiu aos cerca de oito mil jovens reunidos no estádio de San Lázaro, em Santiago de Compostela para a Peregrinação e Encontro de Jovens 2010.
Em 1984 esta mesma pergunta foi feita por João Paulo II aos jovens que se encontravam em Santiago de Compostela para a Jornada Mundial da Juventude.
“ Deus vem ao vosso encontro, queridos jovens. O encontro com o Senhor pode transformar, abrir horizontes novos para uma vida estupenda”, actualizou o cardeal Rylko, 26 anos depois.
“Não vos escondeis, deixem-se encontrar”, pediu o presidente deste discastério da cúria romana aos jovens reunidos em vigília.
Depois de um dia de actividades com catequeses, teatro e muito calor, os jovens participaram na vigília de oração, na última noite da peregrinação que reúne jovens de várias dioceses espanholas, e onde os jovens portugueses vão receber a cruz e ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude que, de 8 a 20 de Agosto, vão percorrer as dioceses em Portugal.
A juventude é um tempo que é dado para “perceber o desígnio de Deus, perceber os talentos e responder à vocação, seja ela, matrimonial ou consagrada”, disse o cardeal Rylko.
“Não tenham medo de querer ser santos”, afirmou o presidente do conselho pontifício para os leigos, recordando palavras de João Paulo II. “A santidade não é uma utopia mas uma exigência do ser cristão até às últimas consequências”.
João Paulo II foi recordado várias vezes ao longo da noite. A sua memória foi saudada com várias salvas de palmas.
Sem esquecer que Santiago de Compostela é a meta de muitos peregrinos que percorrem quilómetros a pé recordando o trajecto do apóstolo Tiago, o cardeal Stanislaw Rylko afirmou que um dos mais preciosos frutos do caminho é encontrar na fadiga o gosto pelo silêncio, pelo diálogo pessoal, o gosto pela oração.
“Não tenham medo de ser autênticas testemunhas do Evangelho”, finalizou.
Lígia Silveira, em Santiago de Compostela