Lisboa, 12 nov 2012 (Ecclesia) – Joana Ribeiro e Celina Fernandes estão em Timor-Leste integrados no projeto “Leigos Capuchinhos em Missão”, para dar novos horizontes a uma população ainda a recuperar dos traumas da ocupação indonésia.
Num testemunho enviado à Agência ECCLESIA, Joana Ribeiro diz que vai ao encontro de uma comunidade que ostenta “as cicatrizes de quem caminhou muitas vezes por onde não queria, que viu as cinzas do recomeçar por duas vezes” e para quem a religião representa “luz e esperança”.
Aos 31 anos, a jovem natural de Barcelos, na Arquidiocese de Braga, vai pela segunda vez para Laleia, uma cidade do interior timorense “com cerca de 4 mil habitantes”.
“É fácil entrar no seu rosto ou nas suas mãos com um sorriso aberto e sincero mas é difícil entrar na casa de quem são, no coração de quem querem ser”, salienta.
Desde 2003 que os missionários capuchinhos estão a trabalhar junto do povo timorense, ajudando na transição para a independência, mas só no ano passado é que chegaram à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Laleia os primeiros leigos em missão.
Ajudar os frades no seu trabalho pastoral, em áreas como a educação, a saúde e o apoio à pessoa com deficiência, são algumas das tarefas previstas.
Celina Fernandes, de 55 anos, também repete a viagem até aquele território, onde descobriu “como é vasto o reino de Deus”.
Para a missionária de Ribamar, da Diocese de Lisboa, participar neste projeto significa “primeiro que tudo, uma hipoteca de tudo o que faz parte do seu dia-a-dia: hábitos, conforto, espaço e sobretudo da família”, para abraçar um “serviço intenso e diversificado” ao próximo.
JCP