Canonizações: O milagre de São João Paulo II

Floribeth Mora Díaz testemunhou aos jornalistas como recuperou de aneurisma cerebral

Cidade do Vaticano, 26 abr 2014 (Ecclesia) – A mulher da Costa Rica que foi curada por intercessão de João Paulo II, após lhe ter sido diagnosticado um aneurisma cerebral que colocava a sua vida em risco, falou no Vaticano do milagre do futuro santo.

Floribeth Mora Díaz esteve com os jornalistas no centro de imprensa da Santa Sé para falar da cura que teve lugar na madrugada de 1 de maio de 2011, dia em que o Papa polaco foi proclamado beato por Bento XVI na Praça de São Pedro.

A costarriquenha tinha um prognóstico reservado e após uma operação de três horas, em abril de 2011, os médicos determinaram que o aneurisma estava num “lugar inacessível” do cérebro e que não poderiam fazer mais nada.

“Lamentavelmente, para mim, davam-me um mês de vida e isso foi a pior notícia que me deram”, relatou.

Floribeth Mora Díaz recordou o “horror” que foi o regresso a casa para os seus filhos, já que estava altamente sedada, à espera do pior, e com o lado esquerdo paralisado.

“Sempre disse: João Paulo II, tu que estás tão perto de Deus, diz ao Senhor que eu não quero morrer”, relatou.

A 1 de maio de 2011, às duas da manhã na Costa Rica, esta católica acompanhou pela televisão a beatificação do Papa polaco, apesar de habitualmente não conseguir “acordar normalmente”, e voltou a adormecer.

“Às oito da manhã foi um despertar diferente, ouvi uma voz, no meu quarto, que me dizia: levanta-te”, recordou.

Apesar de estar sozinha, voltou a ouvir ‘levanta-te, não tenhas medo” e identificou a origem do apelo numa revista comemorativa da revista de João Paulo II, com o Papa polaco na capa, com as mãos levantadas.

Nesse mesmo instante ficou com a “certeza” de que estava curada, embora apenas seis meses depois tenha feito a ressonância magnética que confirmou a cura, perante a “cara de espanto” do seu médico, que julgava tratar-se de um erro: não havia qualquer sequer uma marca do aneurisma anterior.

A católica partilhou o seu testemunho, “como tantos outros” fizerem, na página oficial do processo de canonização de Karol Wojtyla, em fevereiro de 2012, e seria posteriormente contactada pelos responsáveis da causa, que repetiram exames para confirmar a cura.

“Se eu não der testemunho disto, da grandeza de Deus, as pedras falarão por mim. Dou testemunho do que realmente aconteceu na minha vida, o Senhor curou-me com a intercessão de João Paulo II. Mesmo que o mundo se canse, vou repetir o meu testemunho de que Deus é grande, Deus é bom”, conclui Floribeth Mora Díaz.

A conferência de imprensa contou ainda com a presença da irmã Adele Labianca, que acompanhou a irmã Caterina Capitani, curada por João XXIII, um milagre que abriu caminho à beatificação do Papa italiano, em 2000.

O Papa Francisco acolheu favoravelmente o parecer apresentado pela Congregação para as Causas dos Santos, a pedido da postulação de João XXIII, permitindo a sua canonização «pro gratia», na ausência de um segundo milagre formalmente reconhecido.

OC

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