D. Jorge Ortiga projeta celebração marcada para 13 de maio
Fátima, 26 abr 2017 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse hoje à Agência ECCLESIA que a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, a 13 de maio, em Fátima, com presidência do Papa Francisco, é uma “responsabilidade” para a Igreja Católica em Portugal.
“A canonização é, em primeiro lugar, uma graça, uma graça para os portugueses, para a Igreja em Portugal, que tem de ser acolhida como uma responsabilidade”, referiu D. Jorge Ortiga, à margem da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que se iniciou esta segunda-feira e decorre até quinta-feira.
Para o arcebispo primaz, sendo declarados santos, Francisco e Jacinta, “para além de intercessores, são essencialmente modelos e referências”.
“Estas duas crianças são um livro aberto onde se pode ler o testemunho de uma vida verdadeiramente evangélica, no qual transparece muita oração”, acrescentou.
A primeira canonização de sempre em Portugal deve representar, segundo D. Jorge Ortiga, uma “aposta na santidade”, que é o caminho proposto aos cristãos, no seu quotidiano, apresentando as “lições” da vida dos novos santos.
“Como crianças, elas viveram essa santidade e o que tem de caraterístico é que foram crianças marcadas pelo amor de Deus”, sublinhou.
O arcebispo de Braga convida os católicos a assumir a responsabilidade de “imitar estas crianças tão simples, tão humildes e, ao mesmo tempo, tão apaixonadas por valores de perenidade que continuam hoje a ter uma atualidade muito grande”.
A Missa a que o Papa vai presidir a 13 de maio, pelas 10h00, inclui o rito de canonização propriamente dito, em português, no qual o bispo de Leiria-Fátima, acompanhado pela postuladora da causa, irmã Ângela Coelho, pede em três momentos sucessivos que os beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos”.
Após a fórmula de canonização, pronunciada em português pelo Papa, D. António Marto, acompanhado pela postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, agradece a proclamação.
A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
Este é um ato reservado ao Papa, desde o século XII, a quem compete inscrever o novo Santo no cânone.
OC