Canonização do «santo do povo»

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, considerou hoje em Roma que a canonização de S. Nuno Álvares Pereira foi o reconhecimento pelo Vaticano de um “santo do povo”. “Antes de ser um santo reconhecido pela Igreja foi um santo do povo, um homem simples, um homem humilde, um grande chefe militar da história portuguesa e uma figura incontornável da nossa história”, afirmou Luís Amado, no final da cerimónia durante a qual Bento XVI canonizou o Condestável. Depois das cerimónias, o ministro e o vice-presidente da Assembleia da República Guilherme Silva foram recebidos pelo Papa num audiência privada. Para Luís Amado, esta homenagem da Igreja é o “reconhecimento de uma grande personalidade que muito simbolicamente nós também veneramos”, pelo que a cerimónia terá uma “grande simbologia para a história portuguesa”. Por isso, “é com muita honra que em nome do Governo por aqui estive a representar o Governo português nesta cerimónia”, afirmou, minimizando as críticas de quem lamenta a ausência de outros elementos do Governo ou do próprio Presidente da República, que enviou uma mensagem ao Vaticano. “O Estado português esteve representado pelo senhor vice-presidente da Assembleia” que “é a instituição que representa a nação portuguesa”, o “Governo esteve representado através do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e as Forças Armadas através dos seus chefes militares”, salientou Luís Amado. Já o deputado Guilherme Silva explicou que esteve em representação do presidente do Parlamento, Jaime Gama, que não pôde ir a Roma por motivos de agenda. No entanto, pelo protocolo, Guilherme Silva esteve presente na cerimónia como “a segunda figura do Estado” e a “representar a Assembleia e o povo português”. Salientando que “foi muito tocante esta recepção por parte de Sua Santidade”, a quem transmitiu “cumprimentos e saudações do povo português”, Guilherme Silva preferiu salientar a figura do Condestável. Em particular, as “virtudes acumuladas, como seja a santidade e a actividade de acção militar, que o D. Nuno Álvares Pereira teve”. Na sua opinião, a “história, quando as pessoas têm o valor que têm, não as apaga antes as exalta”. Com LUSA

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