Campanha do Rosário da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Histórias comoventes de solidariedade Mais de 40 mil livros e terços distribuídos gratuitamente. A Campanha do Rosário que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre tem estado a promover desde o passado mês de Setembro tem sido um êxito absoluto, com centenas de telefonemas diários, que obrigaram mesmo à instalação de linhas telefónicas adicionais e à mobilização de equipas de voluntários para o atendimento permanente dessas chamadas. Todos os dias chegam à Fundação testemunhos inequívocos da profunda sensibilidade mariana dos portugueses. São histórias comoventes de solidariedade que só a fé poderá explicar. A aldeia de Eiras, em Mação, Castelo Branco, viveu este Verão o drama dos incêndios. Algumas pessoas viram os seus haveres completamente destruídos pela voragem das chamas. Alguns perderem quase tudo o que tinham. Maria do Rosário Alves Pires, de 68 anos, foi uma dessas pessoas. No final de Agosto, “em poucas horas, vimos reduzidos a um triste manto negro as nossas serras, as nossas hortas, casas, animais… tudo”. Numa carta enviada para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, Maria do Rosário confessa o seu drama: “eu, por exemplo, perdi tudo, excepto a casa. Hortas, plantas, oliveiras, a mata com pinheiros e eucaliptos e alguns sobreiros, tudo desapareceu”. Quando o fogo levou a tragédia para Mação, esta mulher quase septuagenária estava a “negociar os pinheiros e eucaliptos” para efectuar algumas obras urgentes na casa, que precisava de “telhado novo e outros arranjos”. As chamas arrancaram-lhe quase tudo. Alguns dias depois, no entanto, resolveu escrever para a Fundação enviando um pequeno donativo em solidariedade para com a Igreja que sofre no mundo, como se nada de anormal tivesse ocorrido. “Como este mês gastei um pouco menos com a saúde, aqui envio para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre esta pequena migalha que agradeço ao senhor Padre envie para onde entender, em qualquer parte do mundo onde as necessidades são certamente e tantas vezes mais gritantes que as minhas”. “REZAMOS O TERÇO TODOS OS DIAS” Tem sido assim desde Agosto. Centenas de pessoas telefonam diariamente para as instalações da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em resposta à Campanha do Rosário que esta instituição da Igreja Católica resolveu efectuar face ao apelo de João Paulo II. O Papa – recorde-se – consagrou o período entre Outubro de 2002 a Outubro de 2003 como Ano do Rosário e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre – que depende directamente da Santa Sé – lançou uma campanha de distribuição gratuita de um livro sobre o Rosário e de um Terço benzido por João Paulo II. “A resposta a esta iniciativa tem sido extraordinária”, reconhece Paulo Bernardino, Presidente do Conselho de Administração da Fundação, justificando assim “a continuação da campanha ainda por tempo indeterminado, enquanto houver pessoas interessadas em receber o livro e o terço”. Até ao momento, mais de 40 mil livros e terços foram já distribuídos, numa clara demonstração do sucesso desta iniciativa que teve o apoio directo da Rádio Renascença e da maioria da Imprensa Católica que se edita em Portugal. Crianças, presos, doentes, gente de toda a condição, têm procurado receber o livro do Rosário e o Terço, testemunhando uma profunda religiosidade entre os portugueses. Em Arcozelo, os meninos do Externato de Nossa Senhora de Fátima, depois de várias tentativas infrutíferas para conseguirem uma chamada telefónica para Lisboa, resolveram enviar um ‘fax’ a solicitar o envio dos livros e terços a todos os alunos do terceiro ano, ou seja, a crianças com idades compreendidas entre os 8 e os 9 anos. A professora, que assinou a carta, afirma que “toda a turma desejava ter o Terço do Papa… e muitos foram para casa pedir “cheques” com uma oferta para a Ajuda à Igreja que Sofre… A verdade é que já tenho alguns”. A professora, irmã Áurea da Conceição, da Congregação das Salesianas, pergunta mesmo como deve enviar esses donativos. Antes, porém, revela que ali, entre os seus pequenos alunos, há um hábito já enraizado: “todos os dias rezamos o terço como pediu Nossa Senhora aos pastorinhos…” “DEUS ESTÁ COMIGO” Estabelecimento Prisional de Viana do Castelo. A campanha da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre ultrapassou os muros da prisão e chegou também aos ouvidos dos reclusos. Em Outubro, um homem de 56 anos escreveu para a Fundação. Afirmando-se sem grandes relações familiares ou de amizade, admitiu no entanto ter a companhia de Deus: “só no mundo não estou, acredito que Deus está comigo pois no meu caminho Ele colocou a vossa morada”. Explicando que teve conhecimento da campanha do Rosário através de “um companheiro de reclusão”, a carta serviu para solicitar o envio do terço, do livro e, “se possível, de um Santo António e de alguma leitura”. A ‘OBRIGAÇÃO’ DE AJUDAR Um médico da Guarda, sensibilizado pelo trabalho desenvolvido pela Fundação junto dos que sofrem e são perseguidos por questões religiosas, afirma numa longa carta ser sua “obrigação ajudar os irmãos necessitados espalhados pelo mundo inteiro”. Para isso, afirma-se disponível para “enviar mensalmente, a partir de Novembro, um donativo” para a instituição. Por sua vez, César Xavier, de Santo António, apesar da sua condição invisual, afirma possuir “uma grande força interior, tendo aprendido a ler e a escrever sem ir à escola, com a ajuda do avô paterno”. Depois, já adulto, acrescentou, teve a “oportunidade de estudar os primeiros passos no mundo da informática onde passo os meus dias”. A missiva que endereçou para a Fundação serviu para enviar “um cheque no valor de vinte euros” como contributo para a campanha e para fazer um pedido: “façam as diligências necessárias, junto de uma instituição virada para editar obras literárias para deficientes visuais, para que os cegos tenham acesso às vossas publicações”. Paulo Bernardino, afirma a disposição de manter a Campanha do Rosário da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre até “à distribuição total dos 100 mil livros e terços, como é nosso propósito”. Quem desejar receber esta oferta, terá apenas de a solicitar através do telefone 217 540 000. Paulo Aido, Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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