Cabo Verde: Descobrir o «verdadeiro Natal»

Padre Nuno Rodrigues, missionário espiritano, destaca simplicidade de uma quadra sem «frenesim consumista»

Lisboa, 23 dez 2011 (Ecclesia) – O padre Nuno Rodrigues, missionário espiritano em Cabo Verde, recorda o primeiro Natal vivido no arquipélago lusófono como a revelação do “verdadeiro Natal”,

“Aqui experimentei, em todos os sentidos, o despojamento de um Deus que se faz homem, pequeno e humilde. Sem grandes luzes e cores, sem grandes consoadas e sem prendas, mas com uma viva missa do galo com mais de três mil pessoas a cantar em uníssono”, escreve o sacerdote, num texto integado no  dossier de Natal apresentado pela Agência ECCLESIA.

O missionário lamenta que o Natal não seja, para muitos, “mais que uma ocasião de festa e de convívio à volta da família”, “uma quadra festiva onde o frenesim consumista atinge o seu auge”.

Neste contexto, o padre Nuno Rodrigues recua até 1998, quando chegou a Cabo Verde, onde viveu “o Natal mais condizente com o seu verdadeiro significado”:

Confissões, a montagem de um presépio ao vivo e o auto do nascimento de Jesus marcaram a preparação e a celebração da festa, que se prolongaria, uma semana depois, na passagem de ano na igreja, “com uma grande vigília de oração de agradecimento e de petição”.

O sacerdote espiritano destaca ainda o “cantar tradicional das janeiras” feito pelas crianças, em pequenos grupos de 10 a 15 elementos que passam pelas casas tocando e cantando em crioulo.

“É este o Natal da manjedoura, é este o Natal dos simples”, conclui o padre Nuno Rodrigues.

OC

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