Brasil: Rede Eclesial Pan-Amazónica pede fim das mortes e destruição na região

Organismo católico lamenta assassinato do jornalista inglês Dom Phillips e do ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 16 jun 2022 (Ecclesia) – A Rede Eclesial Pan-Amazónica no Brasil (REPAM-Brasil) apelou à atuação das autoridades para travar as mortes e destruição, na região, num comunicado que lamenta o assassinato do jornalista inglês Dom Phillips e do ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira.

“Comprometida com a defesa da vida humana e da Natureza, [a REPAM-Brasil] solicita com veemência a atuação enérgica das autoridades para estancar a ilegalidade e a exploração da Natureza na Amazónia, o que tem provocado mortes constantes”, indica uma nota publicada online e divulgada pelo portal de notícias do Vaticano.

O organismo católico manifesta solidariedade às famílias das vítimas e agradece aos povos indígenas do Vale do Javari “pela solidariedade, sensibilidade humana e reconhecimento por aqueles que apoiam as suas lutas”.

AREPAM-Brasil é presidida pelo bispo da Prelazia de Marajó, D. Evaristo Pascoal Spengler.

A nota oficial considera “indispensável o desenvolvimento de ações rápidas do Estado brasileiro, por meio do Governo Federal, Congresso Nacional e Ministério Público, para conter o avanço destruidor sobre a Amazónia.

“É necessário não só prestar esclarecimentos sobre o desaparecimento de Bruno e Dominic, mas agilidade no apuramento dos factos e punição dos responsáveis por tantas mortes e tanta dor que pesam sobre a Amazónia, os seus povos e os seus defensores”, acrescentam os responsáveis.

O texto alerta para as “mortes constantes” de lideranças indígenas, ribeirinhas e quilombolas e a violação dos Direitos Humanos na região amazónia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública brasileiro informou, esta quinta-feira, que foram encontrados “restos mortais” num local de busca pelos corpos de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira.

O jornalista e o ativista terão sido assassinados e desmembrados pelos irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira, numa zona remota da Amazónia.

OC

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