Brasil: Papa lembra necessidade de estender amor a «todo ser vivo», superando as “barreiras da geografia e do espaço»

Francisco junta-se à «Campanha da Fraternidade 2024», da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Foto: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Cidade do Vaticano, 14 fev 2024 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje a necessidade de estender o amor a “todo ser vivo”, superando as “barreiras da geografia e do espaço”, numa mensagem para a ‘Campanha da Fraternidade 2024’, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Quaresma.

“Infelizmente, ainda vemos no mundo muitas sombras, sinais do fechamento em si mesmo. Por isso, lembro da necessidade de alargar os nossos círculos para chegarmos àqueles que, espontaneamente, não sentimos como parte do nosso mundo de interesses (cf. FT 97), de estender o nosso amor a ‘todo ser vivo’ (Fratelli tutti 59), vencendo fronteiras e superando ‘as barreiras da geografia e do espaço’ (FT 1)”, escreveu Francisco, num texto divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

“Fraternidade e Amizade Social” é o tema da ‘Campanha da Fraternidade’, que foi lançada nesta Quarta-Feira de Cinzas com o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”, do Evangelho de Mateus.

Na mensagem, Francisco deseja que a Igreja do Brasil obtenha “bons frutos” no caminho quaresmal, fazendo votos de que a “Campanha da Fraternidade” ajude, uma vez mais, as pessoas e comunidades daquela “querida nação no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, superando toda a divisão, indiferença, ódio e violência”.

O Papa une-se à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil “num hino de ação de graças ao Altíssimo pelos 60 anos da ‘Campanha da Fraternidade’”, que considera ser “um itinerário de conversão que une fé e vida, espiritualidade e compromisso fraterno, amor a Deus e amor ao próximo, especialmente àquele mais fragilizado e necessidade de atenção”.

O arranque da ‘Campanha da Fraternidade 2024’ deu-se com uma missa presidida pelo bispo auxiliar de Brasília de Brasília e secretário-geral da CNBB, D. Ricardo Hoepers, na Capela Nossa Senhora Aparecida, em Brasília, Brasil.

A edição deste ano, em comunhão com a Carta Encíclica Fratelli Tutti, procura fazer um caminho quaresmal assente em três perspetivas.

A primeira prende-se com “incentivar as pessoas a verem situações de inimizade que geram divisões, violência e destroem a dignidade dos filhos de Deus”; seguida de “impulsionar as pessoas a iluminar-se pelo Evangelho que as une como família” e, por último, “a agir conforme a proposta quaresmal, de uma conversão constante, promovendo o esforço para uma mudança pessoal e comunitária”.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), de preparação para a Páscoa, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, com início na Quarta-feira de Cinzas (14 de fevereiro, este ano).

LJ/OC

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