Brasil/CNBB: Bispos condenam «graves e violentas ocorrências» em Brasília e pedem proteção para os cidadãos e para a democracia

Sedes do poder legislativo, executivo e judiciário do país foram invadidas e vandalizadas 

Foto EPA/Lusa

Brasília, 08 jan 2023 (Ecclesia) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) condenou hoje as “graves e violentas ocorrências em Brasília” e disse que “os cidadãos e a democracia precisam ser protegidos”.

Numa publicação na rede social Twitter, a presidência da CNBB disse estar “perplexa” com os ataques ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal, sedes do poder legislativo, executivo e judiciário do Brasil, por parte de apoiantes de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, que perdeu as eleições gerais de 2022, ganhas por Lula da Silva.

A CNBB “pede serenidade, paz e o imediato cessar dos ataques criminosos ao Estado Democrático de Direito”.

“Estes ataques devem ser imediatamente contidos e seus organizadores e participantes responsabilizados com os rigores da  lei. Os cidadãos e a democracia precisam ser protegidos”, afirma a CNBB.

Após a invasão das sedes do poder legislativo, executivo e judiciário do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “houve falta de segurança”, disse que “todas as pessoas que fizeram isto serão encontradas e serão punidas” e decretou a intervenção das forças federais de Segurança Pública em Brasília.

A invasão e a destruição que aconteceu hoje em Brasília foram considerados “inadmissíveis e intoleráveis em democracia” por Marcelo Rebelo de Sousa, que manifestou “o apoio e a total solidariedade de Portugal para com o poder legitimamente eleito no Brasil”.

“O Presidente da República Federativa do Brasil, Lula da Silva, falou telefonicamente com o Presidente da República, agradecendo a sua manifestação pública pela condenação e repúdio dos atos praticados em Brasília, tendo enaltecido o facto de Portugal ter sido o primeiro país a fazê-lo”, refere um comunicado publicado no sítio da internet da Presidência da República.

Foto EPA/Lusa

PR

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