D. José Cordeiro defende uma mudança alicerçada na «novidade do Evangelho» e em toda a comunidade
Bragança, 03 out 2011 (Ecclesia) – O novo bispo da diocese de Bragança-Miranda quer assumir-se como parte de “uma resposta de esperança” para as populações do nordeste transmontano, diante do momento difícil que a região e o país atravessam.
Em declarações prestadas este domingo à comunicação social, no final da sua ordenação episcopal, D. José Cordeiro frisou que “a crise económica é também uma crise de valores humanos e cristãos que a Igreja quer atender através do seu depósito de fé, a Doutrina Social da Igreja”.
“Queremos colaborar para que os homens e mulheres do nosso tempo possam viver uma vida mais feliz, mais alegre, mais confiante e abertos ao futuro”, salientou.
O prelado, que assumiu os destinos da sua diocese de origem, apelou à participação de “todas as pessoas de boa vontade, de coração sincero e verdadeiro que queiram trabalhar para o bem comum”.
Mudar o estado atual das coisas, segundo aquele responsável, vai exigir “uma decisão”, alicerçada na “novidade do Evangelho” e em toda a comunidade cristã, com o apoio dos padres e diáconos.
“Eles são em si mesmos já um mistério de missão, de anúncio da alegria, de esperança para as pessoas, não apenas como uma ideia imediata ou futura, mas sobretudo o ser a transparência visível do invisível, isto é, do mistério de Cristo”, sustentou.
D. José Manuel Garcia Cordeiro, de 44 anos, sucedeu no cargo a D. António Montes, que apresentou a sua renúncia por ter atingido o limite de idade determinado pelo direito canónico.
A cerimónia de ordenação, realizada na catedral de Bragança, foi celebrada por D. José policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
Entre milhares de fiéis, destaque ainda para a presença do núncio apostólico, D. Rino Passigato, do Secretário da Congregação dos Santos (Santa Sé), D. Manuel Monteiro Castro, de 35 bispos e perto de 150 sacerdotes.
JCP