Arcebispo ordenou sete diáconos no Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Braga, 22 abr 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou esta sexta-feira em Vila Verde que a “vida gasta pelo bem comum” constitui “a única resposta” a quem espera uma “Igreja renovada” e um país “onde a dignidade de todos é respeitada”.
Na intervenção que proferiu durante a vigília de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas, publicada no site da arquidiocese, D. Jorge Ortiga acentuou a importância do ambiente familiar e paroquial.
“As vocações são o indicador da fé e o testemunho da saúde moral das famílias. É nas famílias que nascem as vocações e estas acontecem quando aí se respira uma saúde que mostra o grau da fé que anima o quotidiano da sua existência”, frisou.
As paróquias devem assumir as vocações como “tarefa prioritária”, fazendo com que o desejo pessoal de consagração exclusiva a Deus apareça e se manifeste publicamente através de uma vida “feliz e realizada”.
O prelado fez votos de que a vigília se traduza num “empenho sereno mas sincero” na criação de “uma mentalidade vocacional”, para que as famílias “voltem a ser viveiros que oferecem, com alegria e abnegação, filhos e filhas ao serviço da Igreja para uma sociedade mais humana e cristã.
A oração pelas vocações constitui para o prelado um encargo “permanente e comprometedor” da Igreja: “Não basta lamentar-se e deveríamos evitar discursos negativos para nos consciencializarmos deste dever”.
“Deixemos de ponderar o negativo de tantas situações da Igreja e da sociedade. Acreditemos no valor da vida doação”, sublinhou o arcebispo primaz, antes de vincar que “a sede e fome de Deus é grande”.
No domingo, 50.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que em Portugal encerrou uma semana dedicada ao tema por parte da Igreja, D. Jorge Ortiga ordenou sete diáconos, três permanentes e quatro que vão prosseguir a formação com vista à ordenação sacerdotal.
Na homilia o prelado salientou que a vida dos fiéis é chamada a ser oferecida para que se torne “mais próxima daqueles que vivem nas periferias”.
“É esta Igreja que deveremos sonhar, projetar e interpretar: partir do amor que Deus colocou no nosso coração e fazer com que Ele chegue a todos os âmbitos da vida, com uma opção consciente pelos mais pobres e, particularmente, pelas causas que geram a pobreza”, assinalou.
Os católicos, prosseguiu o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, podem “não ter dinheiro ou coisas materiais para oferecer”, mas “em nome da fé” estão “com os mais carenciados” e sabem “que dar as mãos ajuda a acreditar numa vida com futuro”.
O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo e presidir a casamentos e exéquias, entre outras tarefas.
O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto que os diáconos permanentes, também do sexo masculino, devem ter mais de 35 anos e podem ser casados.
RJM