Arcebispo de Braga dirigiu aos sacerdotes uma «Mensagem por ocasião das novas medidas para o período de Natal»
Braga, 07 dez 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga enviou aos sacerdotes uma “Mensagem por ocasião das novas medidas para o período de Natal” com apelos à “criatividade e inovação” na pastoral para fazer com que o natal aconteça “essencialmente nas famílias”.
“Esta redescoberta do Natal poderá não passar pelos habituais programas pastorais desta época natalícia. Com alguma criatividade e inovação teremos de descentralizar os lugares da celebração e fazer com que o Natal aconteça essencialmente nas famílias”, afirmou.
D. Jorge Ortiga pede às paróquias para “investir em subsídios” que ajudem a viver o Natal nas “novas catedrais domésticas” com festas que estejam “para além da materialidade de certas tradições”.
“Teremos de fazer com que o Natal, sendo diferente, nos aproxime mais do seu verdadeiro significado. Poderemos ter muitas e solenes celebrações sem revivermos a verdadeira originalidade do presépio. Mais do que nunca importa celebrar o nascimento de Cristo, despindo-o de representações exteriores e apropriando-nos de um Menino que nasceu para nós”, afirmou.
“Esta é a mensagem do Natal que deveria relativizar muitas outras coisas de que gostamos e às quais nos afeiçoamos. Não podemos entristecer-nos ou cair no desânimo por não ser possível fazer o que sempre fizemos. Com esta situação indesejada, ganharemos se nos focarmos no essencial”.
D. Jorge Ortiga apela a cuidar aquilo “que verdadeiramente vale”, a celebrar “a vinda de um Menino que revolucionou o mundo” e a acolher “uma graça que Deus continua a oferecer à Humanidade”.
O arcebispo de Braga lembrou o o grave problema da solidão e pediu que sejam identificadas “as pessoas e famílias que na comunidade se encontam sozinhas”
“Deveríamos ousar entrar dentro de muitas casas onde a tristeza e, quem sabe as lágrimas, podem obscurecer a alegria natalícia. Envolvamos os nossos cristãos para que na noite de Natal, ou neste dia de vida familiar, ofereçam sinais de amor a quem não terá o calor familiar”, afirmou.
“Este ano, quando temos mais tempo disponível, teremos de fazer experiências que nos irão surpreender e enriquecer. São pessoas vizinhas, do mesmo prédio, conhecidas e a viver longe, que não vemos há muito ou pouco tempo, que estão nas suas casas, nos hospitais, nos lares. Entrelacemos a vida de todos. A força do cristianismo reside na certeza de sermos um único corpo que tem um só coração e uma só alma”.
D. Jorge Ortiga deseja que na celebração do Natal deste ano cada pessoa não permaneça presa a “hábitos e rotinas”, mas dê lugar ao sonho.
“Que o Natal nos leve mais longe”, conclui o arcebispo e Braga na mensagem envida aos saerdotes da arquidiocese.
PR