Comité do Património Mundial aprovou lista indicativa de bens de Portugal
Braga, 12 jul 2017 (Ecclesia) – A Confraria do Bom Jesus do Monte informa que o santuário em Braga integra a lista indicativa de Portugal que foi aprovada pelo Comité do Património Mundial na reunião da UNESCO que termina hoje em Cracóvia, na Polónia.
“O Bom Jesus deu mais um passo importante na sua caminhada para ser reconhecido como património da humanidade”, realça a confraria num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
O Santuário do Bom Jesus do Monte, da Arquidiocese de Braga, faz parte de uma lista indicativa com 22 bens apresentado por Portugal e que foi aprovada pelo Comité do Património Mundial que está reunido desde 2 de julho em Cracóvia, na Polónia.
Varico Pereira, vice-presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, explica que “nenhum bem português” se pode candidatar à inscrição na Lista do Património Mundial sem ser indicado pelo próprio país.
Neste contexto, a convenção do Património Mundial da UNESCO prevê que cada Estado Parte submeta uma lista indicativa de bens no seu território que considera “reunirem os requisitos para inscrição” como Património Mundial.
“Estas listas têm um horizonte de inscrição dos bens de 5-10 anos”, explica a Confraria do Bom Jesus do Monte, acrescentando que é necessário demonstrar que o “bem” tem “Valor Universal Excecional” o que implica que vá ao encontro dos critérios definidos pela Convenção e que fique demonstrada a sua autenticidade e integridade.
“A conservação e a proteção do bem são ainda dois requisitos estratégicos”, recorda Varico Pereira que em entrevista à Agência ECCLESIA, na semana passada, explicou as novas obras de requalificação do Santuário do Bom Jesus do Monte de Braga.
A candidatura do santuário a património da humanidade foi apresentada em janeiro de 2014 e conta com o apoio do Município de Braga.
O conjunto arquitetónico do Bom Jesus do Monte é considerado um ‘ex-líbris’ da cidade de Braga; em 1373 já existia uma ermida dedicada à Santa Cruz.
O atual templo que remata o escadório, com as Capelas e Passos da Paixão, foi concluído em setembro em 1811, substituindo um antigo templo barroco que vinha do tempo de D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728).
CB