D. José Cordeiro falou em «sinal de serviço»

Braga, 10 jul 2022 (Ecclesia) – A Sé de Braga acolheu hoje a cerimónia de imposição do pálio, insígnia litúrgica de honra e jurisdição, ao arcebispo primaz, D. José Cordeiro, pelas mãos do núncio apostólico, D. Ivo Scapolo.
A faixa de lã branca, com seis cruzes negras de seda, tinha sido entregue ao arcebispo português pelo Papa Francisco no Vaticano, a 29 de junho, no dia dos padroeiros de Roma, São Pedro e São Paulo.
Na homilia da Missa desta tarde, D. José Cordeiro destacou o simbolismo desta insígnia.
“O pálio é uma tira de lã branca que recorda a ovelha perdida que Jesus procurou e que, depois de encontrar, colocou aos ombros. Mostra o suave e leve jugo evangélico da caridade e da solicitude pelo rebanho de Cristo imposto sobre os ombros”, declarou.
A insígnia do pálio é sinal de serviço, do Evangelho ao Evangelho, dentro da Província Eclesiástica de Braga. É simultaneamente, «símbolo de unidade; garantia de comunhão com a Sé Apostólica; vínculo de caridade e estímulo de fortaleza» na apaixonante missão do Evangelho que salva”.
O arcebispo de Braga assinalou que o “renovado dinamismo” do processo sinodal, lançado pelo Papa Francisco, “pede uma conversão pessoal, pastoral e missionária”.
“O Evangelho convida à nova gramática da proximidade, de quem se deixa contagiar pela vida do outro. Assim, esta proximidade é também um paradigma da pastoral e da espiritualidade cristãs”, acrescentou.
D. José Cordeiro anunciou que a próxima Assembleia Arquidiocesana está prevista para o dia 26 de novembro e que, no tempo litúrgico do Advento, que antecede o Natal, vai visitar a Paróquia de Ócua na Diocese de Pemba, Moçambique.
 Em 2015, Francisco decidiu modificar a celebração de entrega dos pálios aos novos arcebispos metropolitas, deixando de impor esta insígnia no Vaticano, uma tarefa agora confiada aos núncios apostólicos, os embaixadores da Santa Sé.
Em 2015, Francisco decidiu modificar a celebração de entrega dos pálios aos novos arcebispos metropolitas, deixando de impor esta insígnia no Vaticano, uma tarefa agora confiada aos núncios apostólicos, os embaixadores da Santa Sé.
O pálio é envergado pelos arcebispos metropolitas nas suas dioceses e nas da sua província eclesiástica.
Este sistema administrativo veio da divisão civil do Império Romano, depois da paz de Constantino (313); em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora.
O núncio apostólico saudou os presentes, no início da celebração, transmitida online, explicando o sentido desta nova prática, de “significativa” comunhão com o arcebispo e os bispos da respetiva província eclesiástica.
D. Ivo Scapolo abordou ainda o significado do pálio, que indica “a especial missão de pastor do arcebispo”, desejando a D. José Cordeiro que “dê a todos um luminoso exemplo de Jesus, Bom Pastor”, em comunhão com o Papa.
OC
