Movimento refere que deterioração do meio ambiente e da sociedade «afeta de modo especial os mais frágeis do planeta»
Braga, 03 abr 2023 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) de Braga promoveu este sábado uma sessão formação, na qual alertou para as situações de carência devido ao aumendo do custo de vida.
“Não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. A deterioração do meio ambiente e da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta”, explicam nas conclusões enviadas à Agência ECCLESIA.
O Encontro Diocesano de Formação, para militantes e simpatizantes, teve como formadora Fátima Almeida, no Centro Cultural e Pastoral da arquidiocese minhota.
“Somos chamados a agir com simplicidade; continuar a defender o trabalho digno e poupar água; lutar a favor da paz mundial; maior participação no associativismo e na vida eclesial; na vida política; descartar o medo de revelar as nossas opiniões. Continuar a defender as rotinas devastadoras de sempre é o mesmo que ser infiel ao Criador. Continuaremos a agir por uma ecologia integral”, lê-se na mensagem final, que reúne as conclusões do encontro, intitulada ‘Como vivemos e nos comportamos no interior da Casa Comum?’.
A partir do objetivo central comum de ‘Dignificar o Trabalho, Cuidar da Casa Comum’, os participantes reuniram-se em grupos para “debater a realidade atual”, a começar pelos locais onde residem, trabalham, ocupam os tempos livres e se relaciona com os outros.
O coordenador diocesano da LOC/MTC manifestou também preocupação com a subida dos preços das casas e da alimentação nas famílias portuguesas, realçando que há quem esteja a passar por “necessidades muito graves”.
“O que está a acontecer é insuportável para o orçamento das famílias. Quem tiver crédito à habitação para pagar sobra muito pouco ou quase nada para os bens alimentares, que também não param de subir e para outros custos fixos como a energia, o gás, as telecomunicações”, disse Albano Cruz, ao jornal ‘Diário do Minho’.
Segundo este responsável, em declarações à margem da formação, a atual “crise está a afetar muitos jovens”, constatando que os salários “não acompanham a inflação”, e a juventude deixar de “poder realizar a sua vida, realizar os seus sonhos, ter trabalho digno, habitação, filhos”.
O assistente diocesano da LOC/MTC acrescenta que as pessoas estão a “cortar drasticamente nos alimentos”, estão a comprar “muito menos e a cortar nas refeições”.
“Esta subida dos preços dos produtos alimentares está a levar a muitos casos de fome”, afirmou o diácono José Maria Carneiro Costa, para quem é necessário que os patrões continuem a assegurar ‘salário digno e justo’ aos trabalhadores, ao jornal da Arquidiocese de Braga.
CB/OC
