Trabalhadores cristãos falam em situação de «injustiça» e «indignidade»
Braga, 08 set 2014 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) de Braga manifestou a sua solidariedade aos operários da têxtil Filobranca, declarada “liquidada” pela assembleia de credores, reunida no Tribunal de Vila Nova de Famalicão a 26 de agosto.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a equipa diocesana “manifesta a sua solidariedade para com todos os trabalhadores e suas famílias, que perderam o seu posto de trabalho e reafirma o direito inabalável de todos os trabalhadores a usufruir de um trabalho digno e solidário para todos”.
Segundo os responsáveis da LOC/MTC, é tempo de “valorizar o trabalho e todos quantos dele necessitam para sobreviver”.
“Não podemos aceitar como fatalismo ou inevitabilidade situações de factos consumados, perante a passividade das autoridades”, assinalam.
A empresa têxtil Filobranca fechou para férias em agosto e não voltará a abrir, lançando no desemprego todos os seus 157 trabalhadores, na sua maioria mulheres.
“Nos rostos e nas vidas destas pessoas, marcadas pela injustiça e pela indignidade está o rosto de Jesus, crucificado e ressuscitado, que nunca nos abandona, ajuda-nos a libertar do medo e encontrar novos caminhos de esperança”, sustenta a equipa diocesana do organismo católica.
A LOC/MTC da Arquidiocese de Braga recorda que se está perante uma empresa que se internacionalizou e que era “conceituada no mercado comercial”.
“Não possuímos dados suficientes que nos habilitem a avaliar aqui os motivos que levaram esta empresa a acumular avultadas dívidas à banca, fornecedores e acionistas, que foram a causa principal do seu encerramento, mas constamos que não foram tidos em conta, mais uma vez, a dignidade dos trabalhadores e suas famílias”, assinala a nota de imprensa, assinada por Albertina Gomes, coordenadora diocesana.
OC