Na segunda sessão do ciclo «Nova Ágora», Arcebispo de Braga realça também que a responsabilidade é “plural”
Braga, 13 Mar 2021 (Ecclesia) – O Arcebispo de Braga defendeu, esta sexta-feira, na segunda sessão do ciclo «Nova Ágora» a fraternidade como paradigma social.
“Trata-se de promover a cultura do dom entre os Estados e entre as pessoas, em bens materiais e nos pequenos sinais que dão qualidade de vida a todos” porque sabe-se que “saúde não é somente a ausência de doenças mas bem-estar que envolve a dimensão física, mental, social e espiritual”, disse D. Jorge Ortiga nesta iniciativa promovida pela Arquidiocese de Braga.
A segunda sessão teve como oradores Fernando Regateiro, Pedro Morgado e Miguel Oliveira, médicos e professores universitários que falaram sobre “Medicina e Saúde, à luz da Pandemia”.
Para o Arcebispo de Braga tornou-se um lugar comum afirmar que “com a pandemia nada ficará igual”, mas nestes “momentos difíceis importa tirar lições”.
A responsabilidade “é plural” por isso não se pode continuar “num mundo fragmentado, egoísta, onde se pensa que é possível sobreviver sozinho”, frisou D. Jorge Ortiga.
A pandemia vai exigir “comportamentos novos” por parte das pessoas e das entidades governamentais, nacionais e internacionais e “não serão mais permitidos comportamentos egoístas”.
No futuro, reforça o Arcebispo de Braga, as pessoas vão ter de “salvaguardar mais o cuidado das pessoas do que o lucro” porque a “vida não tem valor”.
“Como em tantos outros sectores, também na medicina e saúde o mundo terá de ser esta pequena aldeia global onde a fraternidade deveria ser lei”, sublinha.
Nesta lógica do dom, D. Jorge Ortiga agradeceu, “em nome da Igreja de Braga”, a todos quantos estiveram “na linha da frente, num trabalho árduo e até heroico” e deixou “sentimentos de proximidade a quantos sofrem ou sofreram por causa da pandemia”.
“Acredito que a grande lição da pandemia para o mundo da saúde e da medicina consiste em interpretar gestos de um amor criativo que nunca se cansa e que acredita que a debilidade e fraqueza humana não são a última palavra”, acrescentou.
O terceiro e último encontro deste ano acontece no dia 19 de março e tem como tema “Precariado: Novas explorações laborais”.
Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Paulo Marques, professor e investigador, e Paulo Granjo, doutorado em Antropologia Social, lançam novas luzes sobre o tema que tem a moderação da jornalista Graça Franco.
Todas as conferências serão transmitidas através do Facebook e Youtube da Arquidiocese, pelas 21h00, e a assistência tem oportunidade de fazer perguntas aos oradores.
LFS