D. Jorge Ortiga fala em «ano especial», marcado pelos desafios da pandemia
Braga, 12 set 2020 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga assinalou hoje o Dia da Catequista com uma cerimónia transmitida online a partir do Santuário do Sameiro, no qual D. Jorge Ortiga assumiu a necessidade de “criatividade” face aos desafios colocados pela pandemia.
“É um momento para ter muita ousadia, muita coragem e muita criatividade”, destacou o arcebispo bracarense, na saudação que dirigiu durante o encontro.
A iniciativa foi promovida pelo Departamento de Catequese da Arquidiocese de Braga, no início do novo ano pastoral.
“Caríssimos catequistas, muito obrigado por aquilo que vós sóis”, disse D. Jorge Ortiga, numa intervenção transmitida através de várias plataformas digitais.
O responsável católico pediu catequistas “missionários” e assumiu que esta “é uma atividade muito exigente” num ano dominado pela pandemia, “que está a complicar muito as coisas”.
“Vai ser um ano especial, talvez até um ano anormal”, apontou.
O arcebispo primaz desejou que ninguém tenha “medo” e todos procurem “caminhos novos”, adaptados à realidade de cada paróquia.
Neste sentido, adiantou que a catequese pode ser “presencial, online, semanal, mensal, em família”, numa adaptação a circunstâncias em constante mudança.
O encontro contou ainda com a intervenção de D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga, que falou sobre ser “acompanhante” e os desafios catequéticos que essa dimensão acarreta.
“As pessoas que nos acompanharam continuam presentes”, recordou.
O prelado destacou que a ideia de acompanhamento é “central” no magistério do Papa Francisco, para quem esta “não é uma ciência, é mais uma arte”, alimentada pela “boa relação” entre pessoas.
Elmira Silva, coordenadora do Departamento Arquidiocesano de Catequese, abordou as orientações que visam o próximo ano pastoral, sobretudo no que respeita às medidas de segurança por causa da Covid-19.
Segundo a responsável, cada plano de ação para a catequese paroquial de “avaliar o impacto” das consequências da pandemia em cada comunidade, preparando alternativas para eventuais “períodos de confinamento mais rigoroso”, com recurso ao digital e à catequese familiar.
“É fundamental manter uma comunicação permanente e tranquilizadora” com as famílias, declarou.
O encontro contou com a presença do Centro Missionário Arquidiocesano de Braga e de vários arciprestados, concluindo-se com a apresentação do projeto ‘Laboratório da Fé’ pelo seu responsável, o padre Marcelino Paulo Ferreira
Os responsáveis da catequese em Portugal elaboraram um documento com ‘Orientações para a Catequese em tempo de Pandemia’.
OC