Desemprego e consequências da crise preocupam D. Jorge Ortiga
Braga, 12 jul 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga exortou esta quarta-feira os cristãos a refletirem sobre a responsabilidade que cada um tem perante o trabalho e perante o trabalho que pode criar, num momento em que o desemprego aumenta.
D. Jorge Ortiga presidia à romaria de São Bento da Porta Aberta, em Rio Caldo, Terras de Bouro, durante a qual afirmou que o trabalho “é hoje, mais do que nunca, um direito, que todo e qualquer cidadão tem”, e por isso “deve ser protegido e deve ser defendido “.
Mostrando-se preocupado com o crescente número de pessoas que ficam sem trabalho em Portugal, o presidente da Comissão Episcopal responsável pela Pastoral Social observou que a chaga do desemprego deve ser encara da como “um desafio” para que seja possível encontrar “caminhos novos do trabalho”.
“Todos sabemos que o sistema laboral do passado não se pode mais repetir, é preciso criar, inventar, deixar-se estimular pelas diversas circunstâncias e é preciso ver o que cada um pode fazer para que a sua vida seja de trabalho diário permanente. Não basta pura e simplesmente esperar que o trabalho aconteça e apareça “, disse o prelado, citado pela edição de hoje do ‘Diário do Minho’.
D. Jorge Ortiga exortou os peregrinos a acolherem a mensagem de São Bento, padroeiro da Europa, “repleta de muita atualidade”.
“Trabalhemos para construir um Portugal com esta marca de identidade insubstituível legada por São Bento, porque com o trabalho de todos e com a abertura de Deus conseguiremos construir um Portugal mais maravilhoso e de justiça e de fraternidade para todos”, incentivou.
O arcebispo de Braga deixou ainda uma mensagem aos políticos do país para que não deixem de olhar para a realidade do trabalho e concluiu dizendo que Portugal e a Europa “precisam da alma cristã”.
DM/OC