Braga acolhe hoje «Chama do Centenário»

Berço do Escutismo em Portugal é a primeira etapa Chega hoje a Braga a “Chama do Centenário”, uma iniciativa a nível global que pretende assinalar os 100 anos da fundação do Escutismo no mundo, por Robert Baden-Powell. Braga é o primeiro local do país a acolher aquele símbolo, uma vez que foi o berço do Escutismo em Portugal. Numa acção conjunta, escuteiros do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e da Fraternidade de Nuno Álvares estão a transportar, desde Moisson, em França, até Braga a “Chama do Centenário”, que será acolhida, hoje, na Cidade dos Arcebispos. Assim, às 21h00, a tocha com a chama – cujo fogo foi aceso no túmulo do fundador – vai ser acolhida em cerimónia a realizar no Paço Arquiepiscopal de Braga. Depois desta pequena etapa, a “Chama do Centenário” é levada, em desfile festivo, pelo centro da cidade em direcção à Praça do Município. É em frente à Câmara de Braga que, às 22h00, num clima de entusiasmo e alegria, são esperados milhares de escuteiros, estando também convidados para a cerimónia todos quantos um dia fizeram a sua Promessa, estando ou não no activo das Associações Escutistas e Guidistas, bem como os seus familiares e amigos. A “Chama do Centenário” – um evento que só se poderá voltar a realizar daqui a 100 anos – parte depois para o Campo Escola, em Fraião, onde se realiza um acampamento. É daquele local que, amanhã, a “chama” sai em direcção ao Porto, a etapa seguinte da sua viagem por Portugal. A despedida de Braga acontece às 10h00, sendo que a “chama” será transportada num percurso a pé, atravessando os concelhos de Braga e de Famalicão, de onde passará para o distrito do Porto, entrando no concelho da Trofa. A condução do símbolo da fundação do Escutismo é feita, exclusivamente, por escuteiros, através de um plano de etapas já delineado. Famalicão honra centenário do Escutismo O município de Vila Nova de Famalicão, através do presidente da autarquia, Armindo Costa, decidiu não deixar passar em claro a passagem da “Chama do Centenário” pelo concelho e organiza, amanhã, uma recepção solene ao símbolo da fundação do movimento escutista no mundo. .Assim, pelas 16h00, está marcada a recepção pelo edil no salão nobre dos Paços do Concelho. Nessa altura, como sempre que está perante organizações do CNE, Armindo Costa vai agradecer o trabalho desempenhado pelo movimento em prol dos jovens no mundo, em Portugal e, particularmente, naquele município. Em Vila Nova de Famalicão existem 42 agrupamentos de escuteiros, que abrangem todo o concelho e envolvem mais de 3.500 jovens em acções diversas que proporcionam o conhecimento individual, a convivência e trabalho em equipa, e o respeito pela natureza. Chama portuguesa veio de França A chama que vai percorrer Portugal e que chega hoje a Braga foi acesa em Moisson,em França, e deriva da tocha principal que, por seu turno, foi acesa no passado dia 22 de Fevereiro sobre o túmulo de Robert Baden-Powell (fundador do escutismo) no Quénia. O acto simboliza a fundação deste movimento. Viajando sempre por meios não motorizados, a “Chama do Centenário” passou através do Quénia, Etiópia, Sudão, Egipto, Grécia, Itália, França, Bélgica e Reino Unido, onde terminará a sua etapa, no dia 31, na ilha de Brownsea, local onde se realizou o primeiro acampamento de escuteiros, há cem anos. Esta actividade marca o início de um novo século de escutismo no mundo e foi o momento para que a ISGF – International Scout and Guide Fellowship (Fraternidade Mundial de Escuteiros e Guias – organização para adultos), introduzisse um símbolo permanente que representa a essência do movimento. A “Chama do Centenário” (Spirit Flame) foi uma ideia abraçada e encorajada pela Organização Mundial do Movimento Escutista. Idanha-a-Nova é o destino último em Portugal Depois do périplo que fará pelo distrito de Braga (concelho de Braga e Vila Nova de Famalicão), a “Chama do Centenário” é transmitida ao distrito do Porto, com a passagem a ser feita, amanhã, na ponte sobre o rio Ave, em Ribeirão, que liga os concelhos de Famalicão e Trofa. Na Trofa, a recepção ao símbolo dos 100 anos de escutismo está marcada para as 19h00. Às 20h30, na cidade do Porto, tem lugar o acolhimento da “chama”. Serão acesos 100 archotes, seguindo-se o cortejo com destino ao terreiro da Sé do Porto. O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, preside então a uma vigília de oração. A “Chama do Centenário” chega a Lisboa no sábado, seguindo-se a vez de Leiria, no domingo, e Covilhã, segunda-feira. O trajecto do símbolo pelo país termina, terça-feira, em Idanha-a-Nova, onde se realiza o XXI Acampamento Nacional (Acanac) do CNE, em comunhão com o acampamento mundial (Jamboree) na ilha de Brownsea. Quando entrar no acampamento, a chama vai acender uma pira que permanecerá activa até ao final das actividades.

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