Bispos irlandeses pedem abolição das bombas de fragmentação

Os Bispos católicos da Irlanda uniram a sua voz à do Papa para pedir a proibição das bombas de fragmentação, tema central de um conferência internacional iniciada esta Segunda-feira em Dublin, reunindo mais de 100 países até ao próximo dia 30 de Maio. A comissão para a justiça da Conferência Episcopal local recorda que a Irlanda teve um papel importante, junto com outros sete países, entre os quais a Santa Sé, ao promover as negociações para eliminar as bombas de fragmentação. Citando as palavras de Bento XVI, que definiu como “inaceitável” o uso dessas bombas, os bispos pediram à delegação irlandesa na conferência que impeça que os interesses das nações que produzem e usam esses explosivos coloquem em segundo lugar a obrigação moral de proteger civis inocentes. As bombas de fragmentação contêm um dispositivo que, ao abrir-se, liberta um grande número de pequenas bombas, que permanecem nos locais atingidos durante anos, podendo explodir a qualquer momento. A Santa Sé tem-se manifestado contra a sua utilização junto de várias instâncias internacionais. Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu que um acordo “visionário” seja alcançado em Dublin para proibir as “bombas de fragmentação”. Este responsável espera que os delegados “acabem com os horrores” causados pelas bombas de fragmentação, culpadas pela morte e mutilação de milhares de civis, declarando as mesmas como ilegais.

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