Bispos e religiosos norte-americanos condenam abusos contra prisioneiros no Iraque

Amnistia Internacional acusa EUA de tornarem o mundo mais perigoso A Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB) divulgou um comunicado sobre os abusos contra prisioneiros iraquianos. A declaração é assinada pelo Presidente do Comité de Política Internacional da Conferência Episcopal, D. John H. Ricard. Segundo os bispos, o abuso e a tortura de prisioneiros iraquianos “cobriram de vergonha os Estados Unidos da América”. Para eles, as acções dos soldados contra os prisioneiros são uma afronta aos ideais norte-americanos mais elementares. A USCCB lembra que o país tem agora a tarefa essencial de determinar a natureza, a magnitude e a responsabilidade pelos abusos. “O desafio moral neste momento é abordar os terríveis casos de abuso de uma maneira que se possa mostrar ao mundo e aos cidadãos norte-americanos, que os EUA não sucumbiram”, apontam. Já os líderes das Congregações Religiosas no país acusaram o presidente Bush de ignorar a opinião do resto do mundo, ma sua intervenção televisiva sobre o Iraque de 24 de Maio. Segundo os mesmos, os abusos contra prisioneiros iraquianos retiraram qualquer autoridade moral aos norte-americanos. “Temos sido sempre favoráveis a uma rápida transição de poder para o povo iraquiano”, disse o director do serviço justiça e Paz da Conferência de Superiores Maiores dos EUA, Pe. Stanley W. DeBoe. Para a Amnistia Internacional, que ontem publicou o seu relatório 2004, a “agenda global de segurança” da administração dos EUA fez do mundo “um local mais perigoso”. “Os governos estão a perder o seu compasso moral, sacrificando os valores globais dos direitos humanos numa busca cega de segurança. Este fracasso de liderança é uma concessão perigosa aos grupos armados”, alertou na conferência de imprensa de apresentação em Londres a secretária geral do grupo, Irene Khan.

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