Bispos do Equador e da Venezuela pedem fim da crise com a Colômbia

A Conferência Episcopal Equatoriana condenou a crise diplomática entre o Equador e a Colômbia, pedindo às duas nações que abandonem a agressividade e encontrem um caminho de “diálogo e reconciliação”. Os Bispos do país falavam depois da crise desencadeada com o ataque, no sábado, de forças colombianas à guerrilha das FARC em território equatoriano. Na operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) morreu o “número dois” da guerrilha, Raul Reyes, e 16 outros rebeldes. O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia devido à invasão do país e enviou tropas para a fronteira. A Venezuela expulsou o embaixador colombiano, chamou o seu em Bogotá e anunciou o destacamento de tropas para as fronteiras com o país vizinho Em comunicado, a Conferência Episcopal Equatoriana “lamenta profundamente o ocorrido entre as duas nações irmãs, historicamente unidas por vários vínculos”, e “manifesta a sua dor pelas mortes violentas ocorridas na fronteira”. O vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), D. Roberto Lückert León, confirmou que as presidências episcopais de Colômbia, Equador e Venezuela estão a estudar a hipótese de um encontro de bispos das três nações. Ontem, a CEV mostrou-se preocupada com a hipótese das divergências actuais se transformarem num “conflito bélico” e apelaram ao Presidente Hugo Chávez para que preserve a paz “interna e externa”. “Além das causas imediatas que desencadearam a presente crise entre os três governos, preocupa-nos que a agudização de tal situação possa levar a lesionar o clima tradicional de convivência pacífica e provocar um conflito bélico entre povos irmãos”, refere um comunicado da CEV. O texto, intitulado “Sim à Paz!” (www.cev.org.ve), começa por fazer referência ao “clima de tensão e incerteza que se vive” na Venezuela e adianta que os bispos da Venezuela, da Colômbia e do Equador lamentam “profundamente” a situação entre os governos das “Repúblicas irmãs”. O comunicado da Conferência Episcopal condena ainda “a vergonhosa” ocupação das instalações do Palácio da Aquidiocese de Caracas, por grupos que “publicamente manifestaram ser afectos ao governo, ante a passividade das autoridades de ordem pública”.

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