Bispos da África central querem gestão mais transparente das receitas do petróleo

Os bispos dos países da África central subsaariana lançaram-se numa campanha a favor de uma gestão mais justa e transparente das receitas do petróleo, que favoreça um desenvolvimento económico e social real das populações da região. A questão será abordada num encontro sobre a indústria extractiva, organizada no próximo mês, em Ndjamena, capital do Chade, pela Comissão “Justiça e Paz” da ACERAC (Associação das Conferências Episcopais da Região da África Central), que reúne os bispos de Camarões, República Centro-africana, Chade, Gabão, Guiné Equatorial e Congo-Brazzaville. O objectivo do encontro de Ndjamena, avança a Radio Vaticano, é pedir, uma vez mais, às companhias petrolíferas, aos governos ocidentais e às classes dirigentes africanas uma maior transparência sobre as receitas do “ouro negro”, assim como das outras riquezas da região. Confirmando as insistentes denúncias feitas nos últimos anos, por numerosas ONG’s, entre as quais diversas organizações católicas europeias e americanas, o aumento das receitas dos recursos naturais nos países africanos não determinou, até agora, uma redução da pobreza ou a melhoria de serviços, como a saúde e a educação, e das infra-estruturas, mas aumentou as contradições e o clima de conflito nas sociedades da África subsaariana. Os bispos da região deram já o seu apoio à campanha internacional “Publish what you pay” (“Publiquem o que pagam”) a fim de que as companhias petrolíferas publiquem os montantes que pagam aos governos dos países produtores.

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