Bispos colombianos pedem tréguas na Semana Santa

O vice-presidente da Conferência Episcopal Colombiana, D. Luis Augusto Castro, pediu aos grupos armados do país que “nesta Semana Santa ofereçam um sinal de boa vontade e silenciem as espingardas”. “Tendo em conta os desejos dos colombianos e o que eles mesmos desejam, seria bom ficar de acordo e procurar outros caminhos diferentes aos das armas para resolver os problemas. Parar na Semana Santa é um sinal e uma esperança de que isso é possível”, afirmou Do. Castro. Em entrevista à Radio Caracol, o prelado assinalou que a Igreja, o governo e as forças da guerrilha continuam a procurar saídas para o conflito colombiano com o objectivo de um acordo humanitário. “Não podemos desistir quando há tantos sequestrados a sofrer, assinalou”. “Há momentos em que parece que as esperanças acabam ou que os caminhos se fecham, mas a verdade é que continuamos a lutar, procurando caminhos e insistindo com uns e outros, para que se gere esta aproximação e se chegue a um diálogo destinado ao acordo”, indicou. Nos últimos cinco anos, mais de 15 mil pessoas foram sequestradas na Colômbia, das quais mais de 4 mil acabaram por ser assassinadas. Mais de 3 milhões de colombianos são deslocados internos e 11 mil crianças com menos de 14 anos estão ligadas a grupos armados ilegais. Actualmente a confederação internacional da Cáritas tem em marcha a campanha “A Paz é possível na Colômbia”, após manifestar-se “seriamente preocupada com a situação humanitária no país, marcado por 40 anos de guerra”. A “Caritas Internationalis”, confederação de 162 organismos católicos que actuam em mais de 200 países, classifica o conflito na Colômbia como “a pior crise do hemisfério Norte e a terceira no mundo, após a da República Democrática do Congo e a do Sudão”.

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