Bispos africanos promovem mega cimeira na Europa

Responsáveis querem afinar estratégias com os líderes europeus, tendo em vista os Objectivos de Desenvolvimento para o Milénio

Uma delegação de bispos africanos e especialistas em desenvolvimento vai reunir-se até dia 15 de Setembro com diversos líderes europeus. O principal objectivo será traçar uma estratégia comum para permitir melhorar o bem-estar dos países africanos, numa altura em que está em causa o cumprimento dos Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

“A mudança tem de ser orientada para o povo africano” refere uma nota enviada pela Cáritas Europa, que apoia esta iniciativa.

O documento chama a atenção para o facto da Igreja em África “ser muitas vezes, o único actor da sociedade civil com capacidade para atingir as comunidades mais remotas, prestando serviços na ausência de governos eficazes”.

Espera-se que, durante o encontro entre as delegações europeia e africana, esse capital de experiência seja tomado em conta, para a formulação de políticas que ajudem a “superar as dificuldades que actualmente impedem o desenvolvimento do continente africano”.

Entre os testemunhos que irão ser apresentados, está incluído o do bispo moçambicano D. Francisco João Silota, vice-presidente da Conferência Episcopal de África e Madagáscar (SECAM).

A delegação irá viajar pela Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália e Suíça, com o apoio da SECAM e da Caritas Europa. Contará ainda com o contributo da CIDSE, um organismo internacional que congrega agências de desenvolvimento católicas, e da Caritas Europa.

O programa vai ter o seu ponto alto no dia 15 de Setembro, com a realização de um debate no Parlamento Europeu em Bruxelas, sobre “As ameaças ao futuro de África”.

Recorde-se que entre os dias 20 e 22 de Setembro, as Nações Unidas (ONU) vão realizar uma cimeira para fazer um balanço dos ODM.

Estes objectivos foram assumidos há 10 anos e englobam sobretudo o combate à exclusão social e à pobreza no mundo.

Quando se está a 5 anos de atingir a meta estabelecida para a implementação dos ODM (o prazo termina em 2015), os dados provisórios não são animadores.

O programa de desenvolvimento da ONU constata que o número absoluto de pessoas a viver na pobreza extrema aumentou e o actual rácio de progresso na melhoria da saúde materna e infantil é insuficiente para atingir o objectivo.

 

Os países africanos, sobretudo da África subsaariana, são os que estão em maiores dificuldades.

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