Confiança na eternidade é determinante para configurar opções de vida
D. António Carrilho pediu aos católicos para serem “testemunhas da Ressurreição” de Jesus, numa sociedade “carente de Paz, de Amor e de Esperança”.
Na mensagem de Páscoa, transmitida através do site de partilha de vídeos YouTube, o pelado destacou que, à semelhança de Cristo, “também nós temos a esperança de um dia ressuscitar e viver para sempre com Ele na glória”.
O apelo à confiança na vida eterna esteve também presente nas alocuções proferidas nas celebrações que assinalam a morte e ressurreição de Jesus.
Na homilia da celebração de Sexta-feira Santa, o bispo do Funchal recordou as consequências dos fenómenos naturais ocorridos na Madeira, Haiti, Chile e Turquia, referindo que em “todo o tempo e lugar, nos sofrimentos, medos, adversidades e incertezas, somos iluminados” pela “Morte e Ressurreição do Senhor, porque Deus está connosco na superação dos limites da nossa própria natureza”.
Durante a missa de Domingo de Páscoa, o D. António Carrilho recordou que a passagem para a vida eterna não se resume à hora da morte mas determina desde logo a existência actual.
“Numa sociedade em grande parte marcada pela cultura do imediato e do efémero, a Luz do Ressuscitado vem despertar-nos para uma vida com valores e horizontes mais alargados, permeada pela Eternidade de Deus”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.
Por isso, continuou o prelado, “a dignidade humana é gravemente lesada, quando se norteia por critérios redutores de uma ciência e humanismo sem referência a valores espirituais e transcendentes, que, retirando Deus do horizonte do homem, esvaziam o sentido da própria vida”.
Um estudo de uma socióloga da Universidade do Porto, divulgado no Domingo pelo Diário de Notícias, revela que cerca de 25% dos portugueses não acreditam na vida para além da morte e que deste conjunto 10%, ou seja 250 mil, são católicos denominados ‘praticantes’.