O exemplo de vida na simplicidade e humildade de Santa Teresinha do Menino Jesus foi evocado ontem de manhã por D. Teodoro de Faria na “Missa do Parto” a que presidiu na igreja de Santo António. Acentuou ainda que «toda a iniciativa parte de Deus. Depois cabe a cada um de nós, livremente, dar-lhe continuidade». Na homilia, o prelado funchalense, ao referir-se às novenas de preparação para o Natal, também denominadas de Missas do Parto, sublinhou que os textos que são apresentados nas leituras do Antigo Testamento destas celebrações mostram «que Deus sempre preparou a vinda de Jesus que depois se realizou com o Seu nascimento, que foi o maior mistério da história humana». Fazendo uma reflexão ao Evangelho proclamado ontem, em que se narrava o momento em que o anjo anunciou a Encarnação de Jesus no seio de Maria Santíssima, D. Teodoro referiu que «aquela narração era, segundo a tradição da Igreja, lembrada três vezes ao dia, naquilo que se chama as ave-marias ou trindades, que tinham como finalidade lembrar ao povo cristão o mistério da Redenção. E para isso se fizeram os sinos, que ao tocar recordavam o mistério central da Encarnação, que está ligado ao mistério da Redenção, ou seja, à Ressurreição de Jesus». Referindo-se a este mistério, D. Teodoro de Faria sublinhou que «Deus toma sempre a iniciativa, como quando escolheu Nossa Senhora para Mãe de Jesus. Quando o Anjo saudou-a disse-lhe: “Ave cheia de graça”, que significa que Ela desde sempre foi cheia desta graça de Deus; que a escolheu e a preparou para tão importante missão». Acentuou ainda que «toda a iniciativa parte de Deus. Depois cabe a cada um de nós, livremente, dar-lhe continuidade». D. Teodoro de Faria referiu-se à visita à Diocese do Funchal das relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus, manifestando a sua satisfação com o modo como o povo madeirense as recebeu, tendo-se verificado multidões, tanto na Sé como nas diversas igrejas paroquiais que visitou. Recordou que o povo da freguesia de Santo António sempre teve grande devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus, bem patente na grande festa que a Juventude Antoniana fazia «àquela jovem santa que deixou Deus trabalhar dentro de si e que desde criança sempre disse um sim à vontade de Deus». O exemplo de vida espiritual daquela santa foi posto em destaque pelo prelado funchalense, que acentuou que «Santa Teresinha do Menino Jesus, sem sair do seu convento e sem fazer nada de muito especial, santificou as coisas de cada dia com simplicidade e alegria». A terminar a sua homilia, D. Teodoro de Faria disse que «a melhor forma de preparar o Natal é termos humildade em tudo o que fizermos, e que, tal como Santa Teresinha, possamos sentir que é esse o nosso dever, para que assim toda a nossa vida tenha significado».