D. António Carrilho visitou a localidade madeirense da Calheta, pela primeira vez, para presidir à Missa do Parto na manhã de ontem, na qual deixou alertas sobre a celebração do Natal. “Natal sem Jesus, pode ser um Natal social que traz algo de novo às pessoas, em termos de solidariedade, mas o essencial do Natal é algo mais profundo, pois nele se verifica acolhimento do Filho de Deus com todas as suas exigências, com todo o seu encanto, pois é Deus que está no meio de nós e que nos veio renovar no seu amor”, indicou. No início da celebração o Pe. Manuel Ramos, pároco local, saudou o prelado funchalense manifestando a alegria daquela comunidade paroquial em recebê-lo, referindo-se a alguns aspectos daquela paróquia. Na homilia, D. António Carrilho recordou que está na Diocese do Funchal há apenas 7 meses e que tem “procurado ir ao encontro das pessoas para as conhecer e também para que me conheçam, pois é neste conhecimento mútuo que poderemos fazer caminho em conjunto: o bispo é o pastor do Povo de Deus, e este deve conhecer o seu pastor. Sou eu o bispo desta Diocese, mas poderia ser outro. Não interessa a pessoa, interessa o ministério e a missão que o Senhor me investiu e que eu assumi”. Salientou ainda a importância do novenário de preparação para o Natal, apelando que através destas Missas do Parto a fé de cada um possa ser reavivada. Depois salientou que “esta proximidade do Natal faz com que nós coloquemos no centro da nossa festa a pessoa de Jesus. Há muitas e belas tradições de Natal: as iluminações, as canções, as relações entre os familiares, a solidariedade, a fraternidade, a ajuda. Tudo isto é bom, mas tudo contribui para colocarmos os olhos no Amor de Deus que nos dá o Salvador”. Quanto às muitas e bonitas tradições próprias do tempo de Natal, D. António Carrilho alertou para que ninguém fique apenas pela parte exterior da festa, afirmando que “o sentido da fé deve ser conhecido, alimentado e comunicado aos outros para que não se perca na tradição aquilo que é importante: a nossa vida de fé”.