D. Ilídio Leandro lança alertas antes da Semana Nacional de Migrações
D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, alertou para as “escravaturas e desumanidades” que atingem os menores, uma questão que vai ocupar a Igreja Católica na Semana Nacional de Migrações, assinalada de 8 a 15 de Agosto.
“Têm acontecido verdadeiras coisas horríveis no campo da exploração humana e, tantas vezes, na dimensão infantil”, assinala uma nota assinada pelo prelado.
Para o bispo de Viseu, é importante chamar a atenção para o que “tantas pessoas e tantas crianças têm sofrido, sem o quererem e sem o merecerem, experimentando escravaturas e desumanidades, no pior sentido e com as piores consequências”.
O documento aponta o dedo a “tremendas injustiças, desigualdades e violências que, sem justificação alguma, são cometidas por vampiros sugadores da dignidade humana mais elementar”.
“Sentíamos ser impossível – no sector das crianças e dos menores – haver tamanho aproveitamento para benefício (qualquer que seja) de injustos exploradores das fragilidades de outros”, lamenta.
O tema da próxima semana dedicada pela Igreja às migrações será “Com Francisco e Jacinta acolher Cristo nos Migrantes e Refugiados Menores”.
D. Ilídio Leandro pede que seja tido em atenção “quanto custa ser migrante em qualquer lugar, experimentando a tremenda dificuldade de ser 2 vezes estrangeiro: onde entra e de onde sai”.
“Esta Semana Nacional pede-nos um duplo esforço de acolhimento: a quem vem para passar férias na sua terra de origem e a quem está, procurando hospitalidade, acolhimento, trabalho, justiça e respeito”, indica.
Neste contexto, o bispo de Viseu apela ao direito de reagrupamento familiar e à “salvaguarda dos direitos das crianças e de todos os menores”.
“Estamos solidários com todos os Migrantes que procuram justiça, trabalho, igualdade, humanidade”, escreve.
D. Ilídio Leandro lembra, por outro lado, quem se encontra a gozar férias, “oportunidade de sentir o prazer próprio de quem contempla a beleza de Deus, presente em cada um de nós e em cada expressão do Seu amor de Pai e do Seu poder criador”.